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2024 | Fazer Uma Canção

Homenagem a José Barata Moura por Alex D’Alva Teixeira

De que matéria é feita a música? Serão a vida e a arte coisas diferentes? Em 2021, no âmbi- to do Festival Filo-Lisboa no Teatro São Luiz, o Teatro Praga estreou o espetáculo para a infância Fazer uma Canção. A premissa era simples: falar de um filósofo, da sua vida e obra musical, fazendo-lhe uma homenagem e cantando as suas canções. Escrito por André e. Teodósio e interpretado por Alex D’Alva Teixeira, o resultado não podia ter sido mais bonito. Divaga-se pelo cancioneiro para a infância do filósofo José Barata Moura, através da sua história de vida articulada com a história de vida de Alex D’Alva Teixeira, que, desde o Festival da Canção à sua paróquia local, já cantou em todo o lado. Pelo meio, aprendemos a fazer uma música. Que fungagá é este afinal?! Cantamos até ficar roucos. Fazer Uma canção é uma aula sobre música, filosofia, política e amor. Uma homenagem a um compositor fundamental da história da música para a infância através de um músico contemporâneo sem igual. 

Música: Alex D’Alva Teixeira
Textos: André e. Teodósio
Cenografia: Teatro Praga
Desenho de luz: Joana Mário
Coprodução: Teatro Praga, A Casa da Cultura – Município da Marinha Grande e São Luiz Teatro Municipal 

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2023 | BRAVO 2023!

Após o sucesso de Tropa-Fandanga, o Teatro Praga regressa à revista à portuguesa com Bravo 2023!. Obrigando-se a seguir o princípio de atualização permanente imposto pelo teatro de revista tradicional, de modo a estar mais próximo dos seus dias, Bravo 2023! faz disso o seu tema. A sua estrutura cerrada é usada para fazer um balanço final do ano transato, propondo-se um espetáculo que é um atlas dos eventos mais marcantes do ano de 2023. Apresentados nos teatros de feira de Paris nos princípios do século XVIII, os primeiros espetáculos de revista consistiam numa revisão burlesca e caricata de acontecimentos e figuras que se tinham destacado nos doze meses anteriores. É este o modelo que se acha importado em Portugal. Mostrando que “tem alma e não morre”, a revista Bravo 2023! do Teatro Praga vem fechar o ano com um espetáculo alegre, estouvado, para sacudir os espíritos mais calados e agitar o público com uma revisão que nos faz trautear canções e aplaudir a vida de pé. Um espetáculo de elogios e louvores, de acidentes, tragédias, risos e críticas, que procura o modo mais justo para tempos conturbados, onde os passados e as geografias se misturam. Com tropeções a pontapé, passa-se o ano em revista ao som de música para levantar a moral e com um texto escrito a várias mãos, que nos faz desejar o impossível, e que fala da história, do que está perto e do que está longe. O teatro estende novamente a passadeira vermelha que nos leva ao teatro. Bravo 2023! é um anuário no fim do ano onde tudo pode acontecer.

 

Um espetáculo Teatro Praga 
Interpretação e cocriação: André e. Teodósio, André “Speedy” Garcia, Cláudia Jardim, David Mesquita, Diogo Bento, Guilherme Leal, Jenny Larrue, Joana Barrios, Joana Manuel, J.M. Vieira Mendes, Marina Mota, Sandra Rosado, Simão Telles e Tiago Vieira
Música: Moisés Fernandes (trompete), João Cabrita (saxofone), Sofia Grácio (piano e sintetizadores), Hayden Nóbrega (bateria e flauta transversal), Bernardo Fesch (baixo) e Alex D’Alva Teixeira (voz e guitarras)
Cenografia: João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira
Telões: Adriana Proganó e Eugénia Mussa
Figurinos: Joana Barrios
Músicas originais: Pedro Mafama
Maestro, orquestração e direção musical: Alex D’Alva Teixeira
Desenho de luz: Daniel Worm
Desenho de som: Miguel Lucas Mendes
Confeção de figurinos: Rosário Balbi, Paulo Julião, Jenny Larrue e Caio Guedes
Fotografia: Carlos Pinto
Fotografia de palco: Alípio Padilha
Design de comunicação e cartaz: Afonso de Matos
Direção de produção: Marisa F. Falcón
Produção executiva: Rita Pessoa
Assistência de produção: Beatriz Abelha
Operação de legendas: Beatriz Carvalho
Técnico de som: Pedro Baptista
Coprodução: Teatro Praga, Teatro Municipal do Porto – Rivoli e São Luiz Teatro Municipal APOIOS Copitec, El Corte Inglês, Griffe Hairstyle, Infraestruturas de Portugal (Sala do Rei), Lux,  Marcha da Bica, Marcha de São Vicente, N&H Hotels, Studio 8, Teatro Nacional São Carlos.
Agradecimentos: Abilio Leitão, Aida Tavares,  Aleksandar Protic, Beatriz Carneiro, Bruno Santos, Carlos Malta, Carlos Roque, Cristina Gomes, Dino Alves, Fernanda Silva, Gonçalo Cerá, Helena Vaz Pereira, Jesse James, João Chaves, João Paulo Soares, Lúcia Azevedo, Lux Frágil, Manuel Tomé Romano, Maria Emanuel Albergaria, Milton Pereira, Mischa, Mitra, Nuno Nunes-Ferreira, Tiago Alexandre, Pedro Escara, Pedro Faro, Pedro Rodrigues, Pisão, Tiago Bartolomeu Costa

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2023 | ÃO

Que som é este que faz uma língua e que tantos sentidos lhe dá? Poderá uma paisagem sonora definir o fundo das nossas vidas? Quem fez do “ão” chão?

ÃO, ditongo nasal específico da língua portuguesa, é um espetáculo que une a coreógrafa Ana Rita Teodoro, o músico João Neves e o artista André e. Teodósio na construção de uma experiência sonora e sensorial. Tropeçando no som de um ditongo de tão difícil elocução para quem não domine a língua portuguesa, entoam sons, palavras e melodias de composições originais que implicam a língua, pulmões, esqueleto, objetos, imagens, sentimentos e relação com o meio envolvente.

Este é um espetáculo sonoro que inscreve no presente os sentidos gerados a partir de uma experiência sonora do passado, quando alguém disse: ÃO.

 

Um espetáculo Teatro Praga
Criação: André e. Teodósio com Ana Rita Teodoro e João Neves
Performance: Ana Rita Teodoro, André e. Teodósio, Diogo Melo, João Neves
Sonoplastia: Diogo Melo
Figurinos: Joana Barrios
Cenografia: Horácio Frutuoso
Desenho de luz: Joana Mário
Desenho de som: Miguel Lucas Mendes
Comunicação: Afonso Matos
Direção de Produção: Marisa F. Falcón
Assistência de Produção: Rita Pessoa
Apoio: Estúdios Victor Córdon
Agradecimentos: Softrock
Coprodução: Teatro do Bairro Alto
Fotografias promocionais: Carlos Pinto
Fotografias de cena: Pedro Jafuno
Audiodescrição: FrancoAcesso
Interpretação em Língua Gestual Portuguesa: Luís Oriola e Sofia Figueiredo

O Teatro Praga é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal | Direção Geral das Artes

− duração: 1h10min

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2022 | A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA

 

Um espetáculo Teatro Praga com a colaboração da Metropolitana

 

 

Na sequência da trilogia Shakespeare / Purcell (apresentada entre 2010 e 2019), o Teatro Praga regressa aos palcos de grande dimensão, em parceria com a Orquestra Metropolitana, para apresentar A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA, ballet com música de Stravinsky, originalmente coreografado por Nijinsky para os Ballets Russes. Entendendo-se esta obra como um marco na história das artes performativas, um succès de scandale, e tendo em conta o seu peso simbólico, a SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA do Teatro Praga segue a vontade de trazer história para o palco e entender como ela reverbera na contemporaneidade fazendo da despedida a celebração.

 

 

 

|| FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA ||

 

A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA

Teatro Praga | Orquestra Sinfónica Metropolitana (Lisboa) & Percussões da Metropolitana (Porto)

 

Stravinsky A Sagração da Primavera 

Pedro Neves Maestro

 

Coprodução Centro Cultural de Belém e Teatro Municipal do Porto

O Teatro Praga é uma estrutura associada d’O Espaço do Tempo, Montemor o Novo

 

Concepção | André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Diogo Bento e J.M. Vieira Mendes
Cocriação e interpretação | Ana Tang, André “Speedy” Garcia, Cláudia Jardim, David Mesquita, Diogo Bento, Guilherme Leal, Maria João Vaz, Sani Dubois, Sandra Rosado, Tiago Vieira
Apoio ao movimentoVânia Doutel Vaz
CenografiaJoana Sousa
Figurinos Joana Barrios
Conceção da cenografia e figurinos da 3ª parte | Adriana Proganó
Máscara | Crânio, de Maria João Vaz
Desenho de luzDaniel Worm D ́Assumpção
Desenho de som e sonoplastiaMiguel Lucas Mendes
Realização e vídeoAndré Godinho
Animação 3D | S4RA
Operação e edição vídeoTatiana Ramos
Operação de câmara | Carolina Abreu e Bárbara Valido Mau
Direção de produçãoMarisa F. Falcón
Produção executivaRita Pessoa
ComunicaçãoMafalda Miranda Jacinto
Fotografia promocionalCarlos Pinto
Fotografia de cenaAlípio Padilha
Apoio | Fit to Fit, Unfuel Mobility Solutions
Agradecimentos Beatriz Carneiro, Carina Avelar, Catarina Sousa, Filipe Carneiro, Filipe Dominguez, Mata Hari, Mariana Sá Nogueira, Patrícia da Silva, Paula Fonseca, Paulo Almeida, Pedro Faro, Pedro Penim, Ricardo Costa, Rafael dos Santos, Vasco Araújo, Vau, Wagner Borges

 

O Teatro Praga é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal | Direção Geral das Artes

 

 

− duração: 1h40min
− classificação etária: +16

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2021 | Pais & Filhos

Imagine-se um espetáculo de teatro que combina a pujança literária de um dos romances mais celebrados da literatura mundial com a linha da frente do debate social contemporâneo sobre um tema espinhoso, revitalizado pelo ativismo revolucionário queer: a abolição da família. Assim é Pais & Filhos, escrito por Pedro Penim a partir do clássico russo escrito em 1862 por Ivan Turgueniev, que dá título ao espetáculo, e sob a influência de Full Surrogacy Now: Feminism Against Family, publicado em 2019 por Sophie Lewis, feminista comprometida com a Ecologia Cyborg e o Comunismo Queer. Dando continuidade a um trabalho de duplicidade entre o documento biográfico e a criação de um universo ficcional, Penim – que tem a decorrer um projeto de parentalidade através do controverso processo de gestação por substituição – procura aprofundar o debate sobre a filiação e a família, envolvendo não só os espectadores de teatro mas também a comunicação social, a academia e a sociedade civil e expandindo Pais & Filhos para uma dimensão que está para lá de uma história pessoal.

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Texto e encenação Pedro Penim

Interpretação Ana Tang, Bernardo de Lacerda, David Costa, Diogo Bento, Hugo van der Ding, Joana Barrios, João Abreu, Pedro Penim e Rita Blanco

Trouble Olívia

Assistente de encenação Bernardo de Lacerda

Cenário Joana Sousa

Figurinos Joana Barrios

Vídeo Jorge Jácome

Desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção

Som Miguel Lucas Mendes

Apoio Coreográfico Luiz Antunes

Mestre Costureira Rosário Balbi

Concepção de boneca António Vieira Imaginações Reborn

Direcção de Produção Daniela Ribeiro

Produção Executiva Alexandra Baião

Comunicação Digital Mafalda Jacinto

Fotografia Promocional Carlos Pinto

Co-produção  Teatro Praga, Teatro Nacional São João e São Luiz Teatro Municipal

Apoio Griffehairstyle, Hospital de Bonecas

Agradecimentos Alessandro Valera, André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Cláudia Semedo, David Motta, Freddy, Jacinta, Joana Lopes, Joana Manuel, José Maria Vieira Mendes, Lúcia, Mariana Vieira, Mark Lowen, Mimi, Olívia, Pedro Batista, Sophie Lewis, Tiago Bartolomeu Costa e António Vieira / Artista Reborn – Imaginações Reborn

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2021 | INFO MANÍACO

Em 2005, André e. Teodósio e J. M. Vieira Mendes conheceram-se a fazer um espetáculo a que chamaram SUPER GORILA. Se em 2005, nesse espetáculo, um artista pedia ajuda aos espectadores para rebentar com tudo (com o espaço, com a história, consigo próprio e com os princípios, os meios e os fins), em 2021, ao mesmo artista, já só lhe interessa um desmantelamento incondicional.

INFO MANÍACO é uma rememoração em tempos de Praga, uma deambulação que vai dos histriones que atuavam na Roma Antiga ao som da flauta até ao conhecimento quântico do nosso presente. Um one-man-show com um humano a repensar a sua entidade figurativa num dia que contém todos os dias e todos os tempos.

Um ator em cena tanto fala de si, revelando tudo, como revela ser tudo menos ele! Para isso recorre ao repertório das suas experiências: poemas, coreografias, receitas, histórias e poções mágicas, bem como a uma espécie de glossário retrospetivo do trabalho do Teatro Praga.

Seguindo em desordem, INFO MANÍACO é um manual de guerrilha para os tempos modernos, é uma apologia do estar-em-relação, um espetáculo que pensa em tudo para conseguir dar e ocupar espaço e tempo. E no segredo, saberemos que nada sabemos, mas que o Tudo sabe tudo sobre nós.

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Um espectáculo Teatro Praga

Criação André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes

Desenho de Luz Daniel Worm

Sonoplastia Miguel Lucas Mendes

Instalação Bruno Bogarim

Fotografia promocional Carlos Pinto

Residência de criação O Espaço do Tempo, Montemor-o-Novo

Apoio Polo Cultural das Gaivotas | Boavista / Câmara Municipal de Lisboa

Coprodução A Oficina / Centro Cultural Vila Flor, Teatro Viriato e Centro Cultural de Belém

Agradecimentos Ana Tang, Jazzy.pt, Joana Barrios, Paula Sá Nogueira, Pedro Faro, Rui Horta, Rita

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2021 | MacBad

MacBad é o terceiro projeto de uma série de espetáculos do Teatro Praga (TP) dedicados axs mais novxs inspirados pelas obras-primas do dramaturgo inglês William Shakespeare. Desta vez o TP atira-se a uma das suas peças malditas, Macbeth, a “peça escocesa” que tem como características mais marcantes a presença de um trio de bruxas e as suas profecias, que o herói/vilão Macbeth (que no nosso título se chama MacBad, tornando-se assim no verdadeiro Bad Guy!) inevitavelmente cumprirá, mesmo quando a elas tenta escapar. O espetador/protagonista é assim um gamer que garante que a história chega ao fim. E para que este fim se cumpra, o espetáculo recorrerá a mecanismos inspirados em sistemas de jogos famosos de “interpretação de papéis” como Dungeons & Dragons e Game Centers. Serão assim vários jogos dentro do jogo e tudo convergirá para que as profecias, apesar de tudo, se realizem.

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Texto e Criação Cláudia Jardim, Diogo Bento e Pedro Penim

Interpretação Claúdia Jardim e Diogo Bento

Programação de videojogos  Filipe Baptista

Mestra Costureira Teresa Louro

Fotografia Promocional Alípio Padilha

Coordenação de produção Daniela Ribeiro

Produção Alexandra Baião

Co-produção LU.CA – Teatro Luís de Camões e Oficina – Centro Cultural Vila Flor

Agradecimentos Beatriz Carneiro, Catarino Campino, Maria Sequeira Mendes, Mariana Sá Nogueira, Rita Telhada, Ricardo Santos Costa, Ruben Maia

Duração | 75min
M/6

Teaser
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2020 | SUPERNATURAL

em criação

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SUPERNATURAL é um filme performativo que fala e escuta, que interfere e procura quem está à sua frente. A sua vontade é a de sair da tela para ver e escutar quem o olha, mas também para ser cheirado e visto para lá do que se vê. Nisto é como a voz ou a razão, a estética ou a culinária humana, ou seja, é um modo de sair da prisão das contingências “naturais” focando a sua atenção na atividade da própria experiência.

Há duas formas de lidar com o “natural”: recusá-lo ou expandi-lo. SUPERNATURAL expande, claro, porque quer ocupar para depois superar e hiperbolizar. Nessa expansão, o natural não existe mais, perde a sua definição ocupando o lugar da imagem mutante de que se faz o mundo.

SUPERNATURAL é a saída do corpo, de todos os corpos, sobretudo do próprio. É como um super-poder e neste movimento, concentra-se na imagem, uma existência sensível com a qual se pretende falar. É por isso que este filme performativo interpela e ambiciona ativar um efeito, um relaxamento hipotético, uma experiência sensorial para quem está fora da tela como se nela estivesse.

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Residências 

1ª – Funchal / Madeira, 25 Janeiro a 1 Fevereiro 2020

2 ª Funchal – Calheta / Madeira, 18  a 31 Outubro 2020

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Supernatural é um projeto Teatro Praga para o Dançando com a Diferença, criado em colaboração com os seus intérpretes e o realizador Jorge Jácome.

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+ info: Dançando com a Diferença

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2020 | INVERTED LANDSCAPES

Inverted Landscapes é uma performance de André e. Teodósio / Teatro Praga. Será apresentada na Galeria Kunstraum Botschaft – Camões Berlim, uma coprodução com a Fundação EDP | MAAT e a Embaixada de Portugal – Camões Berlim.

Tendo como ponto de partida uma ligação entre Lisboa e Berlim, Inverted Landscapes recupera a história de duas figuras das artes performativas portuguesas, que trocam de destinos geográficos em busca de um objetivo artístico comum: Ruth Aswin, alemã, vem dançar para Portugal, nos anos 30 do século XX, e Valentim de Barros, que tinha sido seu aluno, foge para Berlim em busca de trabalho e liberdade. Inverted Landscapes é assim uma homenagem ao desenraizamento comum aos dois artistas da historiografia destes dois países, bem como a duas formas de viver que tiveram sempre mais história do que geografia.

Uma performance de André e. Teodósio

Performers Ana Tang, Aurora Pinho e Paulo Pascoal

Exposição André e. Teodósio / Bruno Bogarim

Figurinos (Guarda-Roupa) Joana Barrios

Vídeos Jorge Jácome

Fotografia Alípio Padilha

Coordenação de Produção Daniela Ribeiro

Produção Executiva Alexandra Baião

Apoio à criação Cão Solteiro, OPART / Estúdios Victor Córdon

Agradecimentos Dra. Ana Barata, Dra. Andrea Martins, Anísio Franco, Dr. António Laginha / Centro de Dança de Oeiras, Bernardo Rocha, Biblioteca da Fundação Calouste Gulbenkian, Bruno Horta, Cláudia Belchior, Dra. Dalila Correia, Fundação Mário Soares, Goethe – Institut Portugal, Inês Grosso, João dos Santos Martins, João Pacheco, Jorge Jácome, Junta de Freguesia da Misericórdia, Maria Luísa Carles, Pedro Barateiro, Pedro Faro,Pedro Marques, Rui Lopes Graça, Sandro Resende

Coprodução Teatro Praga, Fundação EDP | MAAT, Embaixada de Portugal – Camões Berlim

 

Performance 11, 12 e 13 Set 2020 às 18h (Por ocasião da Gallery Weekend Berlin)

Exposição Inauguração 11 Set às 18h

Até 16 Out 2020  // 3ª – 6ª: 11h -13h / 14h30 – 17h

+ info: Instituto Camões Berlim

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2020 | NISTO

O actor e encenador Pedro Penim foi convidado por Francisco Frazão e Lola Arias a desenvolver uma conferência / performance para o ciclo Mis Documentos.

Mis Documentos é um conceito idealizado pela dramaturga, encenadora e realizadora argentina Lola Arias e tem um formato mínimo: um artista em cena com os seus documentos. Uma maneira de tornar visíveis as pesquisas que às vezes se perdem numa pasta sem nome no computador.

NISTO confessa uma paixão secreta de Pedro Penim, que o leva muito longe pelo mar da Internet. Um vício inocente e obscuro que nunca revelou antes: a sua “coleção de ilhas”. Há muito que o encenador pesquisa, recolhe e sistematiza informação sobre diversas ilhas desabitadas e/ou remotas e esta criação pretende pôr em cena um discurso que possa dar pistas sobre este interesse pelo isolamento, a evasão e a demarcação do espaço. Em NISTO, Pedro vai-nos levando como espectadores ao interior da mente de alguém que procura incessantemente e faz-nos pensar sobre as nossas próprias obsessões. O que fazemos em segredo nos nossos computadores quando ninguém nos vê?

 

Curadoria Mis Documentos Lola Arias

Conferência-Performance Pedro Penim / Teatro Praga

Dramaturgia: Bibiana Mendes Picado

Apoio à residência artística Estúdios Victor Córdon

Fotografia de cena: Ana Viotti

Coprodução Teatro do Bairro Alto e Teatro Praga

 

+ info: TBA

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Espectáculo seleccionado para a 7ª edição da PT.21 | Plataforma Portuguesa de Artes Performativas / O Espaço do Tempo

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2019 | XTRÒRDINÁRIO

Desafiados pelo São Luiz para um espetáculo que acompanhasse a efeméride dos 125 anos do Teatro, considerou-se adequado passar musicalmente pela história de uma sala de teatro que viveu o cinema mudo que começa a ser sonoro, que viu Antoine e Sarah Bernhardt, fogos e reconstruções e que foi rebatizada por três vezes. Como em qualquer trabalho do Teatro Praga, olhamos para esta revisitação com a distância crítica que permite ir bem para lá de uma efeméride comemorativa e encomiástica, mas que seja capaz de pensar o papel do teatro no seu tempo e na cidade que hoje habitamos.

 

 

Criação | Teatro Praga (André e. Teodósio, Cláudia Jardim, José Maria Vieira Mendes e Pedro Penim)
Atores | André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Jenny Larrue, Joana Barrios, Joana Manuel, João Duarte Costa, José Raposo, João Caçador e Tiago Lila
Bailarinos | Adriano Vicente, Ana Moreno, Guilherme Leal e Jenny Larrue
Participação Musical | Fado Bicha
Direção Musical | João Paulo Soares
Músicos | António Santos (Trombone/Bombardino), Filipe Coelho (Trompete/ Fliscorne), Francisco Cardoso (Bateria/Percussão), João Paulo Soares (Piano), Nuno Fernandes (Baixo/Contrabaixo), Paulo Bernardino (Clarinete/Saxofone)
Coreografia | Luiz Antunes
Cenografia | João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira
Assistência de cenografia | Joana Sousa
Vídeo (concepção e edição) | André Godinho
Figurinos | Inês Ariana e Nuno Braz de Oliveira
Mestre Costureira | Rosário Balbi
Desenho de som e sonoplastia | Miguel Lucas Mendes
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Assistente de Encenação | Óscar Silva
Ponto | Lídia Muñoz
Direção de produção | Andreia Carneiro
Produção | Alexandra Baião
Registo de vídeo | Jorge Jácome
Apoio à criação | Centro Cultural Dr. Magalhães Lima, ESTÚDIOS VICTOR CÓRDON/RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS
Apoio | Griffehairstyle, Guerlain e Museu Berardo
Agradecimentos | Bruno Bogarim, Câmara Municipal de Lisboa – Divisão de Ação Cultural, Carlos Pinto, Francisco Benevides, Ion Rotaru Flori, Isabel Alves, João Tinoco, Maryne Lanaro, Mariana Sá Nogueira, Marcha de Alfama, Mário Rocha, Museu Bernardo e ao seu Comendador José Berardo, Nuno Feist, Nuno Ferreira e Sérgio Godinho.

 

 

Duração | 2h15 (c/ intervalo)
M/12

 

 

Para aceder ao vídeo completo do espetáculo,
por favor contacte-nos.

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2019 | TIMÃO DE ATENAS

Um espetáculo Teatro Praga com
a colaboração musical de Ludovice Ensemble

A partir do  Timão de Atenas de
William Shakespeare e de Henry Purcell.

 

APEMANTUS I love thee better now than e’er I did.
TIMON I hate thee worse.

 

 

Em 2010, o Teatro Praga apresentou, no Grande Auditório do CCB, Sonho de uma noite de verão, um espetáculo que partia de uma semi-ópera de Henry Purcell, The Fairy Queen, que por sua vez partia do encontro com um texto de Shakespeare, Sonho de uma noite de verão. Três anos mais tarde, no mesmo auditório, o Teatro Praga regressou a Shakespeare e a Purcell, apropriando-se de uma outra composição musical do inglês escrita para animar uma adaptação de Thomas Shadwell de uma peça de Shakespeare: A Tempestade ou A ilha encantada. Seis anos depois de A Tempestade e nove anos depois de Sonho de uma noite de verão, o Teatro Praga completa o que sempre foi pensado como uma trilogia.

Timão de Atenas é uma composição musical de Henry Purcell, datada de 1694, escrita a convite de Thomas Shadwell, que mais uma vez adaptou o texto de Shakespeare (A vida de Timão de Atenas) e encomendou ao jovem Purcell uma «mascarada» (mask). A «mascarada» era uma forma de entretenimento praticada entre membros da corte e bastante em voga nos séculos XVI e XVII. Envolvia música, dança, canção e representação, com cenografias elaboradas e figurinos sumptuosos. Os mascarados eram habitualmente membros da corte e por vezes o próprio rei, acompanhados por atores e cantores profissionais.

Se em Sonho de uma noite de verão se procurava o lugar do poder antes ocupado pelo monarca, e de que modo a figura do programador ou curador preenche uma posição central na definição da arte que vale; se A Tempestade se voltava para o artista, para quem faz, e para a relação deste com o meio (público, teatro, escritas); já o terceiro momento da trilogia, que segue o formato do Teatro de Restauração, deverá concentrar-se nas relações entre arte e capitalismo, caminhando para um abandono progressivo dos objetos, da concretização e da partilha e aproximando-se de uma experiencialidade individualista, capaz de gerar capital sem produzir material. Timão de Atenas do Teatro Praga vai à procura da melhor forma de acabar.

 

 

Criação | Teatro Praga (André e. Teodósio, Cláudia Jardim, José Maria Vieira Mendes e Pedro Penim)
Direção Ludovice Ensemble | Fernando Miguel Jalôto
Texto | José Maria Vieira Mendes
Atores | André e.Teodósio, Cláudia Jardim, David Mesquita, Diogo Bento, Joana Barrios, João Abreu, Marcello Urgeghe, Patrícia da Silva e Pedro Penim
Cantores | Ana Quintans (Cupido [soprano]), Joana Seara (Ninfa [soprano]), André Baleiro (Baco [barítono]), Fernando Guimarães (Seguidor de Baco I [tenor]) e André Lacerda (Seguidor de Baco II [tenor]).
Orquestra | Stephen Mason (Trombeta), Joana Amorim (Flautas), Pedro Lopes e Castro (Oboé e Flautas), Andreia Carvalho (Oboé), José Rodrigues Gomes (Fagote e Flautas), Sabine Stoffer (Concertino/Violino solo), Patrizio Germone (Violino solo), César Nogueira (Violino), Flávio Aldo (Violino), Álvaro Pinto (Violino), Denys Stetsenko (Violino), Lúcio Studer  (Viola), Sofia Diniz (Viola da Gamba), Marta Vicente (Grande Viola da Gamba), Vinícius Perez (Tiorba/Guitarra), Fernando Miguel Jalôto (Cravo)
Consultoria artística | Vasco Araújo
Vídeo (concepção e edição) | André Godinho
Câmaras | Cristina Pina, Eduardo Jorge
Cenografia | Joana Sousa
Figurinos | Joana Barrios
Mestre costureira | Rosário Balbi
Desenho de som e sonoplastia | Miguel Lucas Mendes
Iluminação | Daniel Worm d’Assumpção
Direção de produção | Andreia Carneiro
Produção | Alexandra Baião
Registo de vídeo | Mário Negrão
Apoios | GriffeHairStyle, GUERLAIN
Agradecimentos | Afonso Palitos, André Sá Fonseca, Carlos Pinto, Céu Barrios, Bruno Bogarim, Cão Solteiro, Família Baião, Filipe Dominguez, Francisco Benevides, Helena Vaz Pereira, Irmã Lúcia, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, José Barros, Junta de Freguesia da Misericórdia, Mercedes e Álvaro, Michał Dobrucki, Miguel e Maria, Nuno Ferreira, Restart, Ricardo Casal, Ricardo, Rita, Jorge e David, Rua das Gaivotas 6, Rúben Santos, Rúben Silva e Vasco Araújo

 

 

Duração | 1h40 (s/intervalo)
M/12

 

 

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2018 | WORST OF

Não é incomum, ao longo dos tempos, escutar-se a opinião de um atraso crónico do teatro português, por comparação com as outras artes. WORST OF propõe-se a passar os olhos pela história do teatro nacional à sombra desta impressão. Para isso, um “best of” de atores nacionais dará voz às lamúrias com a ajuda de exemplos que confirmam o desalento. WORST OF é uma celebração de merda.

 

 

Criação | Teatro Praga

Com textos de | Gil Vicente, Correia Garção, Almeida Garrett, Francisco Gomes de Amorim, Júlio Dantas, Alfredo Cortês, André Brun, Luís de Sttau Monteiro, Bernardo Santareno e J. M. Vieira Mendes
Interpretação | Cláudia Jardim, Diogo Bento, Márcia Breia, Patrícia da Silva, Pedro Penim, Rogério Samora, São José Correia e Vítor Silva Costa
Cenografia | Joana Sousa
Figurinos | Joana Barrios
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Desenho de som | Miguel Lucas Mendes
Vídeo | André Godinho
Fotografia | Filipe Pereira / Teatro Nacional D. Maria II, Alípio Padilha
Assistente de encenação | Pedro Barreiro
Assistente de guarda-roupa | Andreia Mayer
Assistente de cena | Tiago Barbosa, Victor Gonçalves
Direção de produção | Andreia Carneiro
Produção | Alexandra Baião
Coprodução | TNDM II, Teatro Municipal do Porto – Rivoli

Apoio | Infraestruturas de Portugal, Antónia Rosa, Griffehairstyle, L’Oréal, Lux Frágil, Storytailors: João Branco e Luís Sanchez, Sumol + Compal, Teatradançando, Teatro do Bairro, Teatro Experimental de Cascais, Teatro Nacional de São Carlos, Vicente Trindade

 

 

Duração | 2h10 (c/ intervalo)
M/12

 

 

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2018 | 2018

“2018″, uma performance do Teatro Praga, reactiva algumas questões tentando encontrar outros caminhos para uma historiografia complexa das artes performativas.

 

Se a passagem dos coreógrafos Fokine e Massine, do trabalho de artistas plásticos modernistas, da vitalidade do bailarino Nijinsky ao som orientalizante de Rimsky-Korsakov ou Tchaikovsky desencadeou em Portugal uma certa modernidade, a performance “2018” reconhece uma distância formal utilizando as mesmas estratégias artísticas das quais se tenta distanciar.

 

O homem como primeira figura de um bailado, a expressão e o abandono do vocabulário coreográfico como norma, o primórdio de um trabalho colaborativo, a fusão da cultura popular com a cultura de elite, o interesse nacionalista, a construção de peças de uma única ideia e o pano-de-fundo pintado como estratégia iconográfica, características transversais ao trabalho dos Bailados Russos, estruturam também a performance “2018”. Mas desta vez de uma forma imprevisível.

 

Na performance “2018”, o pano-de-fundo caiu e tudo passa a ser primeiro plano. E nesse espaço sem terreno, os intérpretes tanto pedem dinheiro e recebem flores como questionam, tanto dão espaço ao som como aos objectos, tanto dançam como fazem o oposto ou dão espaço a outros aspectos sensoriais não produtivos pelo prazer de o fazer.

 

Uma performance de André e. Teodósio/Teatro Praga

Interpretação | Ana Tang, Adriano Vicente e Aurora Pinho
Cenografia | Jody Paulsen
Sonoplastia | Violet
Direcção de Produção | Andreia Carneiro
Produção | Alexandra Baião
Apoios | CPAI, Presidência do Conselho de Ministros – Div. De Relações Públicas e Apoio ao Conselho de Ministros ( Drª Isabel Tadeu)

Performance inserida na exposição “Os Ballets Russes: Modernidade após Diaghilev”

Instituições organizadoras | The Lisbon Consortium/Universidade Católica Portuguesa, Museu Nacional do Teatro e da Dança, Fundação Millennium BCP
Comissária Geral | Isabel Capeloa Gil
Comissariado Científico | Isabel Capeloa Gil, José Carlos Alvarez, Nuno Crespo, Paulo Campos Pinto
Curadoria | Isabel Capeloa Gil, José Carlos Alvarez, Nuno Crespo

 

 

Duração | 60min
M/16

 

 

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2018 | JÂNGAL

O subterrâneo está vivo, o ar repleto de metal, há existência em toda esta selva, a que chamamos JÂNGAL.  
O local onde o espetáculo acontece é uma sala mitológica construída a partir de vários territórios da Terra, onde o Teatro Praga tentará olhar para ontologias escondidas e procurar ficções esquecidas que não refletem ou mimetizam o mundo, mas antes especulam sobre ele. Em JÂNGAL, temos todos o direito de disfrutar do caos, do horror e da selva urbana, bem como do prazer do browsing, da passividade de um olhar, do que é simplesmente divertido e da descoberta de uma outra organização narrativa que procura ouvir objetos, dragões, minerais subterrâneos e zombies. Como escreve Beckett em Endgame: “Estamos na Terra. Não há cura para isso”. 
JÂNGAL pretende abrir um espaço de experiências, onde nos sentimos a vaguear por paisagens sonoras e sensorial, que contam com a colaboração da compositora Violet e pela fadista Gisela João. JÂNGAL pretende inspirar um sentimento de passividade tranquila, é um espetáculo holístico que procura ficar com o problema, aceitando a nossa mortalidade entrelaçada numa miríade de configurações inacabadas de lugares, tempos, assuntos e significados.

 

 

Um espetáculo de Teatro Praga (André e. Teodósio, Cláudia Jardim, José Maria Vieira Mendes e Pedro Penim)
Interpretação | André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Jenny Larue, Joana Barrios, João Abreu e a participação da cantora | Gisela João
Cenografia | Bruno Bogarim
Figurinos | Joana Barrios
Música | Violet
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Desenho de som | Miguel Lucas Mendes
Fotografia | Alípio Padilha
Vídeo | André Godinho
Direcção de produção | Andreia Carneiro
Produção | Alexandra Baião
Co-produção | São Luiz Teatro Municipal / Thêatre de la Ville / Teatro Municipal do Porto – Rivoli.Campo Alegre

 

 

Duração | 75min
M/16

 

 

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2017 | ROMEU & JULIETA

Partindo de William Shakespeare, Cláudia Jardim e Diogo Bento andarão à volta de ROMEU & JULIETA, a clássica história de amor que põe no centro da ação dois teenagers apaixonados em rota de colisão com as suas famílias e com uma sociedade repressora.Num ambiente divertido de uma cozinha em palco, os atores guiam os jovens espectadores participantes pela história de um amor maldito, misturando-a com a confeção de um delicioso cheesecake que leva o nome das personagens shakespeareanas. Esta história, ainda que com uma linguagem adaptada, é a tragédia originalmente escrita no Século XVI, ora trágica ora cómica, que será contada de forma lúdica, através dos ingredientes e dos passos da receita do bolo. Neste ROMEU & JULIETA o drama confunde- se com o queijo ricota, o sangue dos amantes é doce de goiaba, as lutas de espadas fazem-se com espátulas e caçarolas, e uma dentada numa bolacha Maria pode ser uma alternativa deliciosa para um coração partido.

 

 

Texto e criação | Cláudia Jardim, Diogo Bento e Pedro Penim
Interpretação | Cláudia Jardim e Diogo Bento
Direcção de produção | Andreia Carneiro
Produção | Alexandra Baião
Co-produção | Teatro Praga, Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto, Teatro Viriato e Centro de Artes de Ovar
Fotografia | Bernardo Gramaxo

 

Duração | 75 min
M/6

 

 

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2018 | CONUNDRUM

CONUNDRUM é um loop falado, criado a partir do trabalho de Walt Whitman e Emily Dickinson, Jussi Parikka, Grada Kilomba e manuais de computador, que apresenta a diversão e o desejo como estruturas de código open-source, fundamentais para fugir à norma.

CONUNDRUM é um problema complexo com que é difícil de lidar; é uma questão que tem apenas uma resposta conjectural; é um enigma. Nesta performance, o caminho escuro da solidão evidencia a experiência diária de ser e viver tanto como um fantasma como enquanto um monstro. Um artista, metamorfoseando fandoms, canta uma música para um gato. O gato pode ser o ativista político, uma extensão agregada das matérias-primas da terra que é capaz de se fundir com o espaço, perturbando a legitimidade do preponderante. O espaço e o som tornam-se prazer, cápsulas de princípios para um afecto que se vai transformando.

CONUNDRUM pensa em subjetividade, comunidade, política e lutas que envolvem agendas ecológicas e queer.

 

 

 

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2017 | ( )

Ao longo dos seus trabalhos, o coletivo Praga tem-se interessado, sob diferentes pontos de vista, numa crítica da identidade, não apenas a propósito do suporte artístico com o qual mais tem operado, o “teatro”, como também a propósito de ideias de pessoa, de corpo, de fazer ou de objecto. “( ) é uma performance duracional e dá continuidade a essa atividade, agora no âmbito do regime de visibilidade do museu.

 

( )” é um local de paisagens desejadas, de outros objetos-corpo e das suas relações. Trata-se da não-normatividade enquanto possibilidade. Um poema de espera, posição para que são relegadas todas as formas não preferenciais, onde se capitaliza uma apresentação turística para reclamar invisibilidades, experiências, mudanças e efemeridade. Em “( )”, a poética do des-ser, do des-tornar-se e a hermenêutica residual produzem verdades, províncias ontológicas e campos de conhecimento que têm sido desqualificados pelos seus modos não consolidados.

 

Reagindo a uma longa história de regimes voyeuristas, exploradores, capacitistas e de legibilidade global, “( ) não deixa rastro, desaparece. ( )” é um esqueleto micropolítico que insere, emerge, relembra e reafirma que a recusa de ter de ser alguma coisa é a deslocação necessária para o surgimento de uma operatividade liberta de uma raiz matricial: Desconhecer na intimidade.

 

 

Uma performance de Teatro Praga / André e. Teodósio
Com | Ana Tang, Aurora Pinho, Joana Barrios, Paulo Pascoal
Objetualidade material | Teatro Praga / Bruno Bogarim
Direcção de produção | Andreia Carneiro
Produção | Alexandra Baião
Fotografia | Alípio Padilha
Agradecimentos | Pedro Barateiro, Bárbara Falcão Fernandes, Vasco Araújo, José Nunes e Cátia Pinheiro, Pedro Antunes, Salomé Lamas, Joana Gusmão, Jorge Jácome, Mariana Sá Nogueira, Joana Dilão, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, Pedro Gomes, Pólo Cultural das Gaivotas | Boavista

 

 

Duração | 5h
M/12

 

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2017 | ANTES

Antes é uma pequena jóia da nova dramaturgia portuguesa. Recentemente apresentado no BIT Teatersgarajen (Noruega), após apresentações no ISKV Tiyatro Festivali – Istambul, Théâtre de la Ville em Paris e no Hiroshima em Barcelona, ​​o texto de Pedro Penim aborda com ironia e humor, a sensação de saudade, o apego ao passado.

Apresentada como um “atlas de melancolias”, a performance identifica uma espécie de desconforto latente relacionado a eventos ancestrais, presente um pouco por toda a Europa. Foi o nosso passado realmente tão “glorioso” quanto o percepcionamos? E até que altura devemos identificar esse “antes”?

Antes fala da ânsia pelo retorno a um tempo passado, entendido como glorioso e desejável, face um presente doloroso. Esta doença, partilhada por muitas civilizações ao longo da história, diagnostica o fim de uma era.

Para construir este diagnóstico, Pedro Penim atreve-se a colocar em confronto um tiranossaurus rex e um psicanalista pós-moderno bastante cético. Um diálogo hilariante e amargo que oferece “alimento para o pensamento” sobre o futuro de nossas civilizações e sua propensão para acarinhar fantasmas e mitologias de impérios caídos.

A peça foi recentemente adaptada para o cinema (“Past Perfect”) pelo cineasta Jorge Jácome (também responsável pelos vídeos da performance) e fez parte da seleção oficial da Berlinale 2019, Novos Diretores / Novos Filmes de 2019 no MoMA – New York e Hong Kong International Film Festival 2019, e.o.

 

 

Texto e encenação | Pedro Penim
Interpretação | Bernardo de Lacerda, Vítor Silva Costa e Pedro Penim
Design de luz | Rui Monteiro
Assistência geral e produção executiva | Bernardo de Lacerda
Direcção de produção | Andreia Carneiro
Produção | Alexandra Baião
Co-produção | DeVIR / CAPa (para a 3ª edição do Festival “Encontros do DeVIR”), Temps d’images
Vídeo | Jorge Jácome
Fotografia | Alípio Padilha

 

 

Duração | 60min
M/12

 

 

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2017 | DESPERTAR DA PRIMAVERA, TRAGÉDIA DA JUVENTUDE

Despertar da primavera, uma tragédia de juventude é uma peça escrita em 1891 por Frank Wedekind sobre um grupo de adolescentes em conflito com uma sociedade conservadora e moralista. A crueldade e o amor entre pares, a intolerância geracional e o suicídio são alguns dos motivos queridos pela tradição interpretativa deste texto.
A convite do Centro Cultural de Belém, o Teatro Praga regressa a um clássico da literatura dramática para inscrever, num texto e teatro canónico, o lugar dos que não estão incluídos no sistema representativo.
Pretende-se, para isso, trabalhar o expressionismo lírico de uma adolescência disforme, com uma linguagem própria que anda longe de bipartições entre cínicos e sinceros, poéticos e racionais, parecendo pairar sobre o que está construído como se não lhes pertencesse.
Se em O Avarento o interesse estava em pensar uma casa ocupada pelo Teatro Praga depois da expulsão do “velho”, o Despertar da Primavera será a casa ocupada por uma puberdade longe da Natureza, da sujeição de um corpo a outro, da construção de identidades, em rito emancipatório e resistindo a todas as normalizações tradicionais. Um lugar onde se exige a coexistência de linguagens e se confundem as referências, onde o desespero é a vida e o suicídio uma vitória. É um espetáculo que segue à procura da humanidade por inventar.

 

 

Texto | Frank Wedekind
Tradução | José Maria Vieira Mendes
Com | André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Patrícia da Silva, Pedro Zegre Penim e com Cláudio Fernandes, Odete Ferreira, João Abreu, Mafalda Banquart, Óscar Silva, Rafaela Jacinto, Sara Leite e Xana Novais
Desenho de luz | Daniel Worm D’Assumpção
Música original e desenho de som | Miguel Lucas Mendes
Cenografia | Bárbara Falcão Fernandes
Figurinos | Joana Barrios e Mestre Costureira Rosário Balbi
Fotografia | Alípio Padilha
Direcção de produção | Bruno Reis, Andreia Carneiro
Assistente de produção | Alexandra Baião
Produção executiva | Bernardo de Lacerda
Co-produção | Teatro Praga, Centro Cultural de Belém, Teatro Nacional São João e Teatro Viriato
Residência artística e antestreia | 23 Milhas – Casa Cultura Ílhavo

 

 

Duração | 2h10
M/16

 

 

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2016 | ZULULUZU

Espetáculo a partir da vida e obra de Fernando Pessoa.

 

A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos não é o que vemos, senão o que somos.
Fernando Pessoa, “Livro do Desassossego”

 

Este espetáculo faz uso de um episódio relativamente obscuro da vida de Fernando Pessoa: a sua chegada a Durban, África do Sul, em 1896, cidade onde passou os primeiros anos da vida. ZULULUZU é o neologismo que enquadra esta passagem, dando voz a dois lugares-comuns: uma ideia de Portugal e uma ideia da África do Sul.
O Teatro Praga tira partido da cooperação entre estes dois clichês culturais para atacar uma instituição teatral, a caixa preta. Em ZULULUZU, o edifício teatral é utilizado como bode expiatório para um discurso contra todos os discursos que reclama um espaço para aqueles que são deixados de fora, as histórias e personagens esquecidas, as vítimas do “é assim que as coisas são” ou os que são invisíveis em frente a uma parede preta. O espetáculo apropria-se do vocabulário da teoria pós-estrutralista, feminista e de género e aplica-a à sua própria vida. Não é nisto um espetáculo contra a caixa preta, antes propõe que se reconheça o edifício, exigindo visibilidade para a sua arquitetura e normatividade e, em último caso, para o próprio ZULULUZU, um espetáculo a partir da vida e obra de Fernando Pessoa.

ZULULUZU anuncia o fim do “apartheid” das ideias, géneros e formas, e é uma estranha declaração de queerismo, um manifesto a favor de um objeto imaterial, um espetáculo que não veio para ficar e onde o exotismo dá lugar ao endotismo. Se “tenho em mim todos os sonhos do mundo”, como escreveu Pessoa, ZULULUZU quer todo o mundo e a sua infinitude.

 

 

Texto e direção | Pedro Zegre Penim, José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio
Com | André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Jenny Larrue, Joana Barrios, Maryne Lanaro, Gonçalo Pereira Valves, Pedro Zegre Penim
Cenografia | João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira
Figurinos | Joana Barrios [o figurino de André e. Teodósio na cena Nympha Negra é da autoria de Mariana Sá Nogueira e gentilmente cedido pelo Teatro Cão Solteiro]
Mestre costureira | Rosário Balbi
Música original | Xinobi
Luz | Daniel Worm d’Assumpção
Som | Sérgio Henriques
Produção | Bruno Reis
Produção executiva | Sara Garrinhas
Comunicação | Clara Antunes
Fotografia | Alípio Padilha
Agradecimentos | Aida Tavares, Alexandra Pinho, Alex D’Alva Teixeira, Ana Brito, Ana Carina Paulino, Ana Lúcia Cruz, André Godinho, António Mega Ferreira, António Gouveia, Aviva Obst, Calixto Neto, Carlos Pinto, Catarina Homem Marques, Chloé Siganos, Christophe Lemaire, Clara Riso, Companhia Nacional de Bailado, Cristina Correia, Cristina Piedade, Damaris Muga, Diana Lopes, Ela, Elisabete Azevedo, Giftor Neville, James Muriuki, Joana Gomes Cardoso, João Macdonald, Jody Paulsen, Maria João Sigalho, Mariana Sá Nogueira, Mark Lowen, Marta Neves, Nelson André / Traços Interiores, Patrícia Azevedo, Patrícia da Silva, Paula Nascimento, Paulo André, Paula Sá Nogueira, Paulo Pascoal, Pedro Rapoula, Rosário Balbi, Rui Horta, Rui Tavares, Sébastien Capouet, Selin Gerit, Simore, Sónia Baptista, Syowia Kyambi, Teatro Cão Solteiro, Tiago Bartolomeu Costa, Tiago Coelho, e um obrigado infinito aos nossos co-produtores, directores de Teatros e Festivais, apoios e criativos que integraram este processo; às nossas famílias, ao Richard Zenith, ao João dos Santos Martins, e à Luísa Taveira
Co-produção | São Luiz Teatro Municipal (Lisboa), Théâtre de la Ville (Paris), ÍKSV – Ístanbul Tiyatro Festivali (Istambul), Teatro Municipal do Porto – Rivoli (Porto), Casa Fernando Pessoa (Lisboa), Institut Français au Portugal
Apoio estreia | ÍKSV Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Embaixada de Portugal na Turquia
Apoio à residência artística | O Espaço do Tempo, Teatro Municipal Curvo Semedo – Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, Pólo Cultural das Gaivotas | Boavista

 

 

Espetáculo falado em Português, Zulu, Inglês, Francês, Alemão e Castelhano, legendado em Português / Inglês / Francês mediante local de apresentação.

 

 

Duração | 75min
M/12

 

 

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2015 | I AM EUROPE

I’m a dog shit ashtray
I’m a shrugging moustache, wearing a Speedo tuxedo
I’m a movie with no plot, written in the backseat of a piss-powered taxi
I’m an imperial armpit, sweating Chianti
I’m a toilet with no seat, flushing tradition down
I’m socialist lingerie, I’m diplomatic techno
I’m gay pastry and racist cappuccino
I’m an army on holiday in a guillotine museum
I’m a painting made of hair on a nudist beach eating McDonald’s
I’m a novel far too long
I’m a sentimental song
I’m a yellow tooth waltzing with wraparound shades on.
Who am I?
I am Europe.
Chilly Gonzales

 

I AM EUROPE [Eu Sou a Europa] é um ciclo constituído por três espetáculos diferentes que, inicialmente, não foram pensados como uma trilogia. Foi só durante os ensaios do último espetáculo, Tear Gas [Gás Lacrimogénio], que os três espetáculos revelaram uma partilha de dinâmica e energia. Decidi chamar-lhes I AM EUROPE, o título de uma canção de Chilly Gonzales que alcança aquilo que procurei criar com este ciclo: criar e expor uma identidade que se encontra a meio caminho entre o rótulo (questionável) da “tradição Judaico-Cristã” europeia e a minha própria biografia.
Este é um processo recorrente no meu trabalho: o canalizar da tensão entre aquilo que é universal e o que é doméstico, entre o mistério e a razão (para George Steiner, a Europa é um Conto de Duas Cidades que convoca «a tensão entre os gregos e os judeus», a tensão entre os legados de Atenas e de Jerusalém).
I AM EUROPE é a representação de um mapa antropomórfico da Europa a três ritmos.

 

Tear Gas (2015)
Israel (2011)
Eurovision (2005)

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2015 | TEAR GAS

My my! At Waterloo Napoleon did surrender.
Oh yeah! And I have met my destiny in quite a similar way.
Abba

 

Para George Steiner, a «ideia da Europa» é um «conto de duas cidades». Atenas e Jerusalém. Passando pelo «melhor dos tempos» e pelo «pior dos tempos», os imperativos da razão da nossa herança grega e os imperativos da fé e da revelação proclamados na Tora confluem num tronco comum (Um só europeu? Um herói?). Esta trilogia completa-se na Grécia, um lugar que comecei a visitar no auge dos conflitos causados pela crise económica e social. Não fui lá para me comprazer no Turismo do Infortúnio, nem estou a tentar criar um teatro sociopolítico. Fui a Atenas para chorar. Fui a Atenas para me encontrar, voluntariamente, com os gases lacrimogéneos.

 

 

Texto | Pedro Zegre Penim
Interpretação | Cláudia Jardim, João Duarte Costa, Pedro Zegre Penim
Direção musical e piano | João Paulo Soares
Coreografia | Sónia Baptista
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Caracterização | Jorge Bragada
Guarda-roupa | Rosário Balbi
Fotografia | Alípio Padilha
Vídeo | André Godinho
Produção | Cristina Correia, Elisabete Fragoso
Co-produção | Culturgest

 

 

Duração | 1h20
M/12

 

 

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2015 | O NOME DA ROSA

Uma maratona teatral.

 

A Rosa Mota é uma figura que acompanha toda a minha infância e adolescência. Lembro-me claramente de ver, pela televisão, as suas participações medalhadas nas Maratonas Olímpicas de Los Angeles [1984] e Seul [1988] e de sentir, através das reações eufóricas dos adultos, o entusiasmo patriótico “pela Rosa”. Acredito que o patriotismo no pós 25 de Abril começa a reconstruir-se e a regenerar-se à volta de figuras com projeção internacional como a Rosa ou o Fernando Gomes.

Outro eixo importante é a palavra META, que, em português, designa o fim da corrida mas que é também a palavra grega da auto-referencialidade, do conceito sobre o próprio conceito. Quis ligar esse lugar do universo desportivo da Rosa a um lugar do meu universo criativo: um sintoma da criação artística mais recente que é o cansaço da meta (da metalinguagem, claro).

O título do espetáculo refere-se ao romance do Umberto Eco que foi adaptado para o cinema. No último capítulo do livro, Adso, um ancião, olha para o seu passado e chega à conclusão que todas as memórias e recordações que estimamos só nos lembram coisas que perdemos e que já não existem. E ilustra este pensamento com um provérbio em latim: stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus, e que significa: a rosa antiga permanece no nome, nada temos além dos nomes.

O espetáculo também pretende olhar para o passado da Rosa, para a sua vitória quase iniciática em Atenas, mas fazer desse momento e desse passado glorioso um caminho para a abertura de significados no presente, no momento do espetáculo. Nunca se trata de uma biografia narrativa e linear. É uma Rosa dentro de uma Rosa dentro de uma Rosa, que no fim corta a Meta.

Pedro Zegre Penim

 

 

Texto | Pedro Zegre Penim e Hugo van der Ding
Interpretação | Rosa Mota, Mariana Magalhães, Pedro Zegre Penim, Hugo van der Ding, Joana Magalhães, Mafalda Banquart, Xana Novais e Luísa Osório
Luz | Rui Monteiro
Vídeo | Jorge Quintela
Fotografia | José Caldeira
Produção Teatro Praga | Elisabete Fragoso
Co-produção | Teatro Praga / Teatro Municipal do Porto – Rivoli

 

 

Duração | 90min
M/12

 

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2014 | TABUROPA

O projeto de cooperação internacional TABUROPA, apoiado pelo Programa Cultura da União Europeia, convidou 4 companhias de Portugal, Alemanha, Bélgica e Polónia a explorar a expressão do Tabu nas culturas nacionais e europeia ao longo de 18 meses.

Durante a Research Phase, os intérpretes portugueses trabalharam sob a orientação do coreógrafo Arco Renz (kobalt.works, Bélgica) em Varsóvia, enquanto André e. Teodósio (Teatro Praga) dirigiu os intérpretes da companhia alemã futur-3 em Bruxelas. Os resultados deste processo foram explorados durante a Rehearsal Phase, em que os quatro grupos preparam as performances originais que tiveram a sua estreia absoluta em maio de 2014, no Festival Sommerblut em Colónia.

Na Coming Home Phase, o Teatro Praga produziu as reposições de INCUBADORA, de Arco Renz com o grupo português, na Galeria Quadrum em Lisboa, em dezembro de 2014, e de SHHHHHHHOW, de André e. Teodósio com os intérpretes da companhia futur-3 e a convidada Paula Sá Nogueira, no Goethe Institut em Lisboa em março de 2015, bem como a reunião de balanço que encerrou este projeto.

 

 

Instituições participantes | Teatro Praga, Kobalt Works, Futur-3, Association of Culture Practitioners
Mais informações aqui

 

 

FASES DE TRABALHO

 

 

EINTOPF

Pertencer. Ser Identificado. Definido. Substituído. Reidentificado. Redefinido. As nossas histórias. Serão nossas? Ou estarão imersas nas histórias das nossas nações? Quem somos? Aqui nesta Europa da União Europeia. No tempo do politicamente correto e de um mundo de união e coexistência, como nos relacionamos connosco e com os outros? Existirão limites? Do que é que não queremos falar? O que preferimos não ver? Esta performance tentará investigar o nosso conceito de coexistência e capacidade para coabitar. Quatro bailarinos com nacionalidades e experiências diferentes exploram através do movimento e da palavra as ideias de identidade e pertença ao mesmo tempo que desafiam as regras do teatro questionando a identidade do público e de si próprios.

Direcção | Agnieszka Blonska (Association of Culture Practitioners)
Intérpretação | Angel Kaba, Marielle Morales, Sayaka Kaiwa, Igor Shyshko (kobalt.works)
País de pesquisa | Alemanha

 

INCUBADORA

A performance investiga conflitos entre o indivíduo e o grupo, coloridas tensões internas que se manifestam através do corpo. Os tabus dependem em grande medida do contexto social e cultural a que pertencem. Em vez de tentar representar essas dependências, a pesquisa no âmbito do TABUROPA levou-nos a trabalhar com “tabus” como experiências fisiológicas humanas num laboratório experimental. O título refere-se a esta situação, bem como ao espaço e processos de troca entre a mente e o corpo.

Direcção | Arco Renz (kobalt.works)
Intérpretação | Rita Morais, Nuno Leão, Ricardo Teixeira, Sónia Baptista (Teatro Praga)
País de pesquisa | Polónia

 

NO RETURN

Durante a fase de pesquisa em Lisboa, André Erlen e a sua equipa sentiu-se confrontada com a excitante questão da origem da identidade nacional. A época de ouro dos descobrimentos, futebol e fátima, o império colonial, o catolicismo, a saudade e o fado: as motivação que levam à construção de uma identidade são  como um caleidoscópio, consistindo nos nossos valores e nos nossos tabus: “ Não é suposto questionar a grandiosidade da história do nosso país”. “ Quando as antigas imagens se começam a esfumar é preciso destruir os tabus antigos e os mitos deverão ser enterrados. A performance “ No Return”, cujo nome tem origem na palavra retornado, tenta que este processos invísiveis se tornem visíveis.

Direcção | André Erlen (Futur3)
Intérpretação | Dominika Biernat, Dawid Żakowski, Sean Palmer, Joanna Wichowska (Association of Culture Practitioners)
País de pesquisa | Portugal

 

SHHHHHHHOW

No sétimo dia da pesquisa em Bruxelas André Teodósio ergueu-se e disse: “Faça-se luz.” E a sua cabeça na escuridão foi imediatamente dividida em duas: a Prometeica emergiu. E com ela, ele e o seu grupo tentaram entender a diferença entre a árvore do conhecimento e a árvore da vida, entre o que é proíbido e o que não é. O “fazer” e “não fazer” na primeira infância como uma práctica que introduz os tabus transversais à sociedade – esta é a chave da encenação do director português André e. Teodósio.

Direcção | André Teodósio (Teatro Praga)
Intérpretação | Anja Jazeschann, Bernd Rehse, Tomasso Tessitori, Pietro Micci (Futur3)
País de pesquisa | Bélgica
Direcção artística | André Erlen
Fotografia | Meyer Originals
Produção | Sommerblut Kulturfestival e.V.
Direcção de projecto | Gregor Leschig, Rolf Emmerich
Direcção de produção | Armin Leoni, Judith Heese
Direcção de produção da Polónia | Anna Katarzyna Regulska-Lokanga, Joanna Wichowska, Magdalena Sobolewska
Direcção de produção da Bélgica | Ine Vander Elst
Direcção de produção de Portugal | Elisabete Fragoso

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2014 | TROPA-FANDANGA

A estrutura cerrada do Teatro de Revista é utilizada pelo Teatro Praga para comemorar duas efemérides coincidentes e separadas por várias décadas: os 40 anos do fim da Guerra Colonial e os 100 anos do início da Primeira Guerra Mundial. Depois da estreia em 2014, no Teatro Nacional D. Maria II, o Teatro Praga repõe este espectáculo, obrigando-se a seguir o princípio de actualização permanente imposto pelo Teatro de Revista, de modo a estar mais próximo dos dias em que acontece.
Apresentados nos teatros de feira de Paris, em princípios do Séc. XVIII, os primeiros espectáculos de revista consistiam numa revisão burlesca e caricata de acontecimentos e figuras que se tinham destacado nos doze meses anteriores. É este o modelo que se acha importado em Portugal, a partir dos anos 50 do século XIX. Da Regeneração de 1851 à Revolução de 1974, é possível seguir a par e passo, através de rábulas e canções, a trajectória de um país.

 

 

Textos | Pedro Zegre Penim, José Maria Vieira Mendes, André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Diogo Lopes, Joana Barrios, Joana Manuel e João Duarte Costa
Direção | Pedro Zegre Penim, José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio
Interpretação | José Raposo, André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Diogo Lopes, Filipa Cardoso, Joana Barrios, Joana Manuel e João Duarte Costa
Atração do fado | Filipa Cardoso
Corpo de baile | André Garcia, Jenny Larrue, Travis Walker e Vicente Trindade
Músicos | João Paulo Soares (piano), Vasco Sousa (baixo acústico, viola), Francisco Cardoso (bateria), Ruben da Luz (trombone), Maria João Cunha (acordéon), Tiago Morna (guitarra portuguesa)
Cenografia | José Capela
Telões | Barbara Says…, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, Pedro Lourenço e Vasco Araújo
Figurinos | Joana Barrios com trajes do espólio do TNDM II de Flávio Tomé e Cláudia Faria, Jasmim de Matos, Juan Soutullo, Octávio Clérigo e Rafaela Mapril e com figurinos da Marcha do Alto do Pina 2013 de Carlos Mendonça
Desenho de luz | Daniel Worm D´Assumpção
Som | Sérgio Henriques
Músicas originais | Sérgio Godinho
Orquestrações | João Paulo Soares
Coreografia | João dos Santos Martins
Assistente de encenação | Cátia Nunes
Assistente geral | Rita Morais
Coordenação props | Susana Pomba
Produção | Elisabete Fragoso e Catarina Mendes
Comunicação | Mafalda Carvalho
Fotografia | Susana Pomba
Co-produção | Teatro Nacional D. Maria II, Maison de la Culture de Bobigny – MC93
Co-apresentação | Teatro Municipal do Porto – Rivoli and Campo Alegre and São Luiz Teatro Municipal

 

 

Duração | 2h45
M/12

 

 

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2013 | A TEMPESTADE

Em 2010 estreámos, neste auditório do CCB, Sonho de uma noite de verão a partir da peça homónima de Shakespeare e da semi-ópera de Henry Purcell, The Fairy Queen. The Tempest or The Enchanted Island é a outra obra composta por Purcell com ligações a uma peça de Shakespeare, neste caso servindo uma versão cómica da Tempestade que obteve enorme sucesso comercial durante os séculos XVII e XVIII. Da sua estreia chegou a seguinte impressão por parte de um espectador: “O teatro completamente cheio; o Rei e a Corte presentes: e a peça mais inocente que alguma vez vi.”

Partimos deste espectáculo perdido, e de todos os outros que existiram e não existiram, para nos lançarmos às tempestades. Com os mesmos recursos de Sonho de uma noite de verão (música, vídeo, atores, cantores, artistas plásticos…), mas dispostos de um outro modo, este musical, com música composta e arranjada, por Xinobi e Moullinex, sobre a partitura de Purcell, é uma continuação. A Tempestade segue então à deriva como uma ilha que é um barco, à procura do lugar desconhecido de onde partiu. À procura da cor justa (e não há justiça), à procura da câmara certa (e não há certezas), à procura de um outro espectáculo (e não há o outro), à procura da tempestade (quem?). Sem meio e sem meios. A procurar só porque sim.

É que a procura é tão falsa quanto o espectáculo ou o barco ou a ilha. É um espectáculo off (os ingleses dizem show off), areia para os olhos, uma experiência. E um pretexto para repetir tempestades. Embora não se saiba o que veio primeiro, se o pretexto se o resultado. Mas como A Tempestade inventa a sua própria crítica, a ordem é aleatória. Como tudo o resto. São acidentes. Como este texto que estão a ler agora aqui. Acidentes atrás de acidentes, frases atrás de frases a anunciar o seu conteúdo, a prometer o seu fim (aquele que não existe).

Já agora, se lhe perguntarem, diga que A Tempestade foi o espectáculo que não aconteceu, o discurso de um colectivo que não se sente confortável com a ideia de objecto na arte, para quem o espectáculos tem a utilidade de uma experiência cognitiva e não é mais que a oportunidade para curto-circuitar o mundo e os seus conteúdos. Diga que o que viu foi a descrição de um espectáculo sem o espectáculo original. É aquilo que eles sempre quiseram fazer e que continuam a não ser capazes de fazer. Pode dizer coisas assim. Ou não diga nada porque o espectáculo já disse tudo. Não se esqueça: o espectáculo acabou. O espectáculo não existe. Fim.

 

Um espectáculo Teatro Praga
A partir de Shakespeare e de Purcell
Texto e criação | Pedro Penim, André e. Teodósio, J.M.Vieira Mendes
Música | Xinobi & Moullinex
Arranjos musicais | Carlos Clara Gomes
Com | Joana Barrios, Diogo Bento, André Godinho, Cláudia Jardim, Diogo Lopes, Patrícia da Silva, André e. Teodósio, Vicente Trindade, Daniel Worm d’Assumpção
Diretor vocal | Rui Baeta
Solistas | Rui Baeta (Barítono), Sandra Medeiros (I Soprano)
Coro | Ana Margarida Encarnação (II Soprano), Cristina Repas (Mezzo-soprano), João Francisco (Tenor)
Vídeo | André Godinho
Fotografia | Paulo Martins, Alípio Padilha
Cenografia | Bárbara Falcão Fernandes
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Coreografia | Vicente Trindade
Figurinos | Joana Barrios
Figurinos de época | António de Oliveira Pinto
Artistas convidados | Vasco Araújo, Catarina Campino, Javier Nuñez Gasco, João Pedro Vale
Equipa de vídeo | Joana Frazão, Salomé Lamas, Nuno Morão
Som | Jorge Imperial
Assistente de iluminação | Marta Fonseca
Produção | Elisabete Fragoso e Filipa Rolaça

 

 

Duração | 100min

 

 

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2013 | TERCEIRA IDADE

Em Terceira Idade, de J.M. Vieira Mendes, os atores, antes de começarem, já se reformaram. Gente com passado, que apresenta rugas onde não as vemos. O horizonte mais próximo é a morte, mas a melancolia é comédia e o desespero gargalhada. Nesta peça de teatro a trama serve de pretexto para adensar o “Quem sou eu?” ou ainda “O que é isto de uma terceira idade?” Ou também: “Será que digo que sou velho porque sou velho ou sou velho porque digo que sou velho?”

Partindo deste texto, o Teatro Praga chegou a um espetáculo em que testa a sua terceira idade. Como será daqui a 40 anos? E na especulação da resposta acrescenta matéria a um conceito por abrir.

Terceira Idade é tempo e velhice, sabedoria e esquecimento, artroses e pilates. Mas também é hoje e foi ontem. É uma construção por fazer com palavras conhecidas. Uma inevitabilidade a preencher. Uma reinvenção dentro da invenção. Uma comunicação aos tropeções. É, finalmente, a possibilidade de dizer, com os corpos de agora e cabelo de futuro: Terceira idade é hoje e aqui.

Este espetáculo não inaugura uma nova idade. Limita-se a ser uma continuação. Estamos todos na mesma história. Estamos todos no mesmo barco.

 

 

Texto | André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Diogo Lopes, J.M. Vieira Mendes, Patrícia da Silva, Pedro Penim
Interpretação | Cláudia Jardim, Diogo Bento, Diogo Lopes, Patrícia da Silva, Pedro Penim
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Fotografia | Susana Pomba
Cenografia | Bárbara Falcão Fernandes
Fotografia | Susana Pomba
Produção | Elisabete Fragoso, Catarina Mendes
Co-produção | Teatro Viriato, Teatro Praga

 

 

Duração | 55min
M/12

 

 

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2011 | SUSANA POMBA

What’s in a name? That which we call a rose
By any other name would smell as sweet.
Shakespeare, Romeu e Julieta

 

A História está cheia de nomes: Antígona, António e Cleópatra, Platonov, Hedda Gabler, Gianni Schicchi e por aí fora. Mera literatura ou terão sido em tempos organismos vitais, biologia?

Nunca os conheci e no entanto ocupam o meu condomínio cerebral. É lá que vivem. Domesticam-me. Levam vidas normais e são vizinhos de muitos e tantos nomes, todos eles arquitectos da minha subjectividade, tijolos do meu mundo.

Para que o tempo que passa e que arrasta consigo o esquecimento não saia a ganhar decidi registar os incógnitos, os meus, aqueles que não se sabe se ficarão para a História, mas que passarão a ter um bilhete de identidade e a pagar quotas.

Um amigo uma vez encorajou-me: “Mesmo sabendo que o tempo levará a melhor, não podemos deixar de julgar hoje.” Portanto, pelos anos que me restam, vou dedicar-me a este trabalho: transformar os meus amigos em protagonistas de coisas que ficaram por contar. Chamo-lhe TOP MODELS.

 

 

Texto e encenação | André e. Teodósio / Teatro Praga
Interpretação | Joana Barrios, Diogo Bento, The End of Irony e PAUS
Cenografia | Bárbara Falcão Fernandes
Música | PAUS
Mixtape | Miguel Bonneville
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Fotografia | Susana Pomba
Produção | Cristina Correia
Co-Produção | Centro Cultural de Belém

 

 

Length | 1h20
M/12

 

 

 

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2011 | EGOSISTEMA

Volo in te, et in semine tuo Imperium mihi stabilire.
Diz Cristo a D. Afonso Henriques, segundo Padre António Vieira

 

O CCB anda fora de si e convida-me para fazer um espectáculo. Fico a pensar e de repente apercebo-me que andamos todos fora de nós próprios.
Sugerem-me: – Wo Es war, soll Ich werden.
Tantos estrangeiros, tanta língua! 😛
O Mundo não é o que é… por isso vale a pena perder tempo para rever a matéria levando a cabo um jogo-espiral-vertiginoso: “Quem é quem?”.
Será como voltar aos anos 80 mas com menos laca.
EGOSISTEMA será um jogo redefinidor das leis da natureza.

 

 

Texto e encenação | André e. Teodósio
Interpretação | André e. Teodósio, André Godinho, António Gouveia, Catarina Campino, Cláudia Jardim, Joana Manuel, João Martins, Patrícia Silva, Paula Sá Nogueira, Rita Só e Sara Correia
Cenografia | Bárbara Falcão Fernandes
Fotografia | Susana Pomba
Produção | Cristina Correia
Co-Produção | Centro Cultural de Belém, Teatro Praga

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2011 | ISRAEL

O amor é, sempre, uma página escrita em hebraico.
Provérbio Popular Português

 

Este espetáculo é uma carta de amor a Israel. Sim, trata-se de uma afirmação assumidamente problemática: uma declaração de amor a uma entidade que muitos consideram um monstro contemporâneo.

Um ator encontra-se sentado diante do seu computador, o seu rosto projetado num enorme ecrã. É difícil determinar com quem conversa, com tanta intimidade, a quem está a abusar verbalmente, quem o está a fazer chorar e rir. Será que fala com o público? Será que fala consigo próprio? Com um(a) amante? Estará a expor a sua complicada vida amorosa defronte dos nossos olhos? Israel, uma nação em forma de uma ficção, assume um rosto humano, como alguém que se tem de aturar.

Voltaire escreveu que é preciso escolher entre países onde se transpira e países onde se pensa. Em Israel (o país e o espetáculo) faz-se as duas coisas.

 

 

Um espetáculo Teatro Praga

Texto | Pedro Zegre Penim
Criação e interpretação | Pedro Zegre Penim e Catarina Campino
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Produção | Cristina Correia, Elisabete Fragoso
Fotografia | José Frade
Co-produção | Teatro Maria Matos

 

Duração | 80min
M/12

 

 

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2010 | OIL AIN’T ALL, JR

“O filme de guerra é o filme paradigmático dos dias de hoje. O Soldado Ryan do Spielberg, por exemplo, onde se representa o horror infinito, a carnificina e violência absurdas. A perspectiva de Spielberg é de que a guerra é um pesadelo incompreensível, um desperdício patético de vidas humanas. Mas o que me parece que não devemos perder de vista é que por detrás da Segunda Guerra Mundial, e da invasão do Dia D, estava o heroísmo de um objectivo e uma luta ética, e que há causas e ideais pelos quais vale a pena morrer. Isto reflecte, aliás, uma tendência bastante forte no discurso ideológico contemporâneo, a de considerar aqueles que estão dispostos a arriscar as suas vidas em nome de uma causa ou objectivo como fanáticos irracionais.

Pelo que estarias disposto a arriscar tudo?

É esta preocupação central dos westerns em geral – até que ponto é que terias coragem de arriscar a própria vida?

Por isso julgo que não devíamos de modo algum tratar o western como uma espécie de fundamentalismo ideológico americano. Pelo contrário, parece-me que precisamos hoje em dia cada vez mais de uma atitude heróica. Neste contexto, aquilo que deverá seguir-se à desconstrução e à aceitação da contingência radical não deve ser um cepticismo irónico universal, em que quando te empenhas em alguma coisa deves ter consciência de que nunca te estás a empenhar totalmente – não. Devemos sim reabilitar o sentido do empenho absoluto e da coragem de arriscar”

 

 

Um espetáculo Teatro Praga

Texto | José Maria Vieira Mendes
Com | Cláudia Jardim, José Maria Vieira Mendes, Patrícia da Silva, Pedro Penim e Rodolfo Teixeira
Colaboração | Gabriel Abrantes
Assistência | Bárbara Falcão Fernandes e Joana Barrios
Iluminação | Daniel Worm d’Assumpção
Produção | Cristina Correia e Pedro Pires
Co-produção | Centro Cultural de Belém
Fotografia | Pedro Celestino

 

Duração | 60min
M/12

 

 

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2010 | SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO

Um espectáculo Teatro Praga com Os Músicos do Tejo

 

A partir do Sonho de Uma Noite de Verão de William Shakespeare
e de
The Fairy Queen de Henry Purcell.

 

 

Para quê fazer teatro quando só se pensa no Verão e no Amor? Para quê a chatice do teatro quando só se pensa no Verão e no Amor? Para quê chatearmo-nos com as questões mais quentes quando só se pensa no Verão e no Amor? Para quê desinquietar as mentes? Para quê pretender a inscrição? Para quê dominar o léxico contemporâneo? Para quê tanta ironia e multi-referência? Para quê tantas horas passadas na internet com esperança de não largar o zeitgeist? Para quê tanto download? Para quê fazer inimigos ideológicos e estéticos? Para quê queimar pestanas a ler os benjamins do Badiou? Para quê ganhar rugas e cabelos brancos? Quando o que queremos é: Verão e Amor?
Sonho de uma noite de verão é para relaxar e “enjoyar”.
É estar sempre on, sem pensar nos que estão off. É ser tratado como um príncipe e adorar cada momento. É sentir a corrente passar e esqueceeeeeeeer-me de miiiiiiiim… É como dar um jantar em casa e evitar “certos temas” para que ninguém se aborreça e a conversa possa fluir imaculada. É como ir na auto-estrada para o Algarve, ar condicionado no máximo, musiquinha barroca no rádio, namorad@ ao lado a dar beijos no pescoço… e aí vão eles, a duzentos à hora rumo ao futuro onde lhes espera uma festa temática, um cocktail da moda e uma conta astronómica para pagar no Inverno.

Com a restauração da monarquia em 1660, Carlos II autorizou a formação de duas companhias de teatro para servi-lo a si próprio e ao seu irmão, o Duque de York. Foi a partir daqui, e influenciado pela corte de Luís XIV, que nasceu o teatro das máquinas, espectacular e exuberante, excessivo e megalómano. Uma história que tem em THE FAIRY QUEEN, de Henry Purcell, um magnífico epílogo. Partindo do SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO, de Shakespeare, Purcell compõe música para um espectáculo cuja segunda versão, a de 1691-92, se encheu de efeitos especiais tão caros e extravagantes que apesar do seu sucesso terminou em fiasco financeiro. Fala-se de uma fonte de água gigantesca e de seis macacos a dançar.

Em SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO, o Teatro Praga revive esses tempos. Uma comemoração festiva em busca da felicidade, uma homenagem ao poder ao som de Purcell e ao gosto da época, da nossa.

 

 

“Sonho de Uma Noite de Verão” foi reencenado pelos alunos do Balleteatro em 2017, no Coliseu do Porto.

 

 

Com | André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Joana Barrios, Joana Manuel, Patrícia da Silva e Rodolfo Teixeira
Solistas | Ana Quintans (Soprano), Rossano Ghira (Contra-Tenor), João Sebastião (Tenor) e Nuno Dias (Baixo)
Coro Olisipo | Elsa Cortês  (Soprano), Luísa Tavares (Contralto – dia 3 de Julho), Lucinda Gerhard (Contralto – dia 4 de Julho), Diogo Cerdeira (Tenor), Armando Possante (Baixo)
Três fadas | Leonor Robert, Rafaela Albuquerque e Rita Fonseca
Equipa de filmagem | Carlos Eduardo, Cláudia Morais, Francisco Moreira, João Martins, Leonor Noivo, Nuno Morão e Tiago Oliveira
Artistas convidados | Ana Pérez-Quiroga, Catarina Campino, Javier Núñez Gasco, João Pedro Vale, Leo Ramos, Miguel Viegas, Rogério Nuno Costa, The End of Irony (Diogo Lopes, Ivo Silva, Miguel Cunha, Rita Morais e Ricardo Teixeira), Vasco Araújo e Vicente Trindade
Direcção musical | Marcos Magalhães
Realização vídeo | André Godinho
Design de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Som | Ricardo Guerreiro
Cenários | Bárbara Falcão Fernandes
Casa | Filipe Carneiro (Triplinfinito)
Equipa de montagem | PréForma
Figurinos | Carla Cardoso
Produção | Bruno Coelho, Cristina Correia, Sara Maurício
Assistência | José Nunes
Músicos do Tejo | Álvaro Pinto (Violino-concertino), Xu Na (Violino I), Raquel Cravino (Violino I), Denys Stetsenko (Violino II), Zófia Pajak (Violino II), Raquel Massadas (Viola), Lúcio Studer (Viola), Paulo Gaio Lima (Violoncelo), Xurxo Varela (Viola da Gamba), Filipa Meneses (Viola da Gamba), Duncan Fox (Violone), Carolino Carreira (Fagote), Luís Marques (Oboé I), Andreia Carvalho (Oboé II), António Quítalo (Trompete I), Bruno Fernandes (Trompete II), Hugo Sanches (Teorba), Ricardo Leitão Pedro (Teorba), Joaquim Lopes (Percussão), Marta Araújo (Cravo I), Marcos Magalhães (Cravo II)
Fotografia | Alípio Padilha

 

Duração | 2h20
M/6

 

 

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2009 | DEMO

Uma encomenda do São Luiz Teatro Municipal.

 

Este espectáculo apareceu por convite do São Luiz Teatro Municipal. Falou  o Teatro da Índia, falou a Praga de um musical. E acertaram-se os interesses. É um musical “de inspiração indiana”, mas onde a Índia ficou já não sabemos. Talvez na mitologia genesíaca que nos foi confundindo (sogra de um e mulher de outro, casada com tios e filha de sobrinhos), na multiplicação de braços de uma deusa, na diferenciação de classes, na dimensão da democracia (parece que a maior patenteada), no excesso e na suposta loucura da sobrepovoação. A Índia acha-se na forma do espectáculo e não registada, como num retrato ou documentário. Não estivemos “lá”. Não. Não falámos com “eles”. Não.

Este espectáculo apareceu por convite do São Luiz Teatro Municipal. Falou o Teatro da Índia, falou a Praga de um musical. E acertaram-se os interesses. É um musical “de inspiração indiana”, mas onde a Índia ficou já não sabemos. Talvez na mitologia genesíaca que nos foi confundindo (sogra de um e mulher de outro, casada com tios e filha de sobrinhos), na multiplicação de braços de uma deusa, na diferenciação de classes, na dimensão da democracia (parece que a maior patenteada), no excesso e na suposta loucura da sobrepovoação. A Índia acha-se na forma do espectáculo e não registada, como num retrato ou documentário. Não estivemos lá. Não. Não falámos com “eles”. Não.

A Índia serviu para ler a Europa. O “outro” para nos vermos a nós próprios, método antigo, lugar comum que empurrou muita viagem. Lemos Moravia e Pasolini e não Tagore, vimos Fritz Lang e não Ray. Treslemos a Índia, ouvimos com interferência, muito parcialmente, sem antropologias nem história, fomos à procura do que queríamos para fazer um musical.

Chamamos-lhe “de inspiração indiana”, mas onde a Índia ficou já não sabemos.

Demo tem uma narrativa. É uma história de amor. Não a contamos muito bem, porque já lá vai o tempo em que isso se fazia. E depois porque também não é possível contar bem quando não se sabe muito bem o que se está a contar. Conseguimos, felizmente, confundir. Misturamos a Estónia com a Islândia, a Bulgária com Espanha, o inglês com o alemão e achamo-nos a ler ciclos, aqueles eternos que se repetem: solução, falhanço, solução, falhanço.

Mas há uma protagonista. Baptizámo-la de Savitri. Vem das águas onde moram os crocodilos. E propõe, desculpem, impõe uma ordem. Talvez tudo não passe de uma vontade política, de um sonho megalómano e demoníaco. Ou de uma viagem: “No Céu temos as nossas Índias, chegar ali é salvar-se, que naveguemos todos é preciso.” (Padre Manuel Bernardes, Os últimos dias do homem.)

Construímos o espectáculo a partir de fragmentos e completamo-lo com a música dos americanos Kevin Blechdom e Christopher Fleeger, e do estónio Andres Lõo. Embrulhámos questões filosóficas, éticas, sociais e culturais em chansons-papel-de-rebuçado. O rebuçado é para todos: colorido e agradável ao paladar, mas duro de trincar e letal para a dentição. É democrático, demente e demolidor.

 

 

Um espectáculo Teatro Praga com música original de Kevin Blechdom, Christopher Fleeger e Andres Lõo
Com | André e. Teodósio, André Godinho, Andres Lõo, Carlos António, Christopher Fleeger, Cláudia Jardim, Joana Barrios, Joana Manuel, Kevin Blechdom, Luís Madureira, Miguel Bonneville, Patrícia da Silva, Pedro Penim e Rita Só
Participação especial | Rão Kyao
E a colaboração de Vasco Araújo
Crocodilos | André Campino, Diogo Bento e mulher bala
Desenho de luz e Direcção técnica | Daniel Worm d’Assumpção
Vídeo | André Godinho
Apoio vocal | Luís Madureira
Apoio coreográfico | João Galante
Figurino Nora Nova | Fernanda Pereira
Figurino Ilse Koch | João Figueira Nogueira
Execução de figurinos | Mestra costureira Teresa Louro e Rosário Balbi
Execução da cabeça de Tim O’ Leary | Jorge Bragada
Fotografia | Susana Pomba
Produção | Cristina Correia, Joana Gusmão e Pedro Pires
Co-produção | São Luiz Teatro Municipal
Apoio | O Espaço do Tempo, DEVIR, O Rumo do Fumo, Goethe-Institut Portugal

 

Duração | 1h40
M/12

 

 

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2009 | PADAM PADAM

Um Espectáculo Catástrofe.

 

Padam Padam é um espectáculo provavelmente inspirado no cinema catástrofe e interessou-se por recordar o ano zero. É também um espectáculo dedicado aos animais. E às tempestades. Um espectáculo que está a pensar como é que vai ser. Como é que pode ser. Procurar novas doenças porque afinal de contas, se a pessoa onde se multiplicam as diferentes bactérias e vírus se sente mal, por outro lado as ditas bactérias e vírus sentem-se admiravelmente bem.

Comecemos então pelo meio: Padam Padam é um espectáculo catástrofe. Roubámos o nome aos filmes que ficcionam o fim do mundo ou a visita do monstro ou a invasão do extraterrestre. Apoiámo-nos numa hipotética estrutura, fantasmas de argumentos cinematográficos, mas não vamos além de cinco pessoas encaixadas num espaço exíguo onde se expõem às intempéries e experimentam ideias como a família ou a comunidade, as palavras e os nomes, mas também certos amores, utopias e viagens.

Para ajudar a “imprensa escrita”, podíamos dizer que contamos de um dia de sol em que uma família resolve partir de fim-de-semana. Uma família irrequieta e inconsistente. E à medida que o dia avança, as nuvens negras aproximam-se, os temporais soltam-se e há meteoritos a abalroar as estruturas do planeta. Os sobreviventes, a família que partiu de manhã, ficam a vaguear no deserto de ruínas e cadáveres. Uns procurando as velhas rotinas, outros apostando em novas ideias.

Padam Padam é um espectáculo dedicado aos animais. Um espectáculo que está a pensar como é que vai ser. Como é que pode ser. Procurar novas doenças porque afinal de contas, se a pessoa onde se multiplicam as diferentes bactérias e vírus se sente mal, por outro lado as ditas bactérias e vírus sentem-se admiravelmente bem.

 

 

Um espectáculo Teatro Praga

Texto | José Maria Vieira Mendes
Com | Cláudia Jardim, Diogo Bento, Marcello Urgeghe, Patrícia da Silva e Pedro Penim
Narrador | Luís Miguel Cintra
Colaboração | Vasco Araújo
Desenho de luz e direcção técnica | Daniel Worm d’Assumpção
Vídeo | André Godinho
Fotografia | Ângelo Fernandes e Susana Pomba
Imagem gráfica (Cartaz) | mulher bala
Professora de valsa | Paula Fonseca
Produção | Cristina Correia, Joana Gusmão e Pedro Pires
Apoio à cenografia | João Gonçalves
Equipa de montagem | PréForma
Co-produção | Centro Cultural de Belém, Próspero
Estruturas associadas | Théâtre National de Bretagne (Rennes, França), Théâtre De La Place (Liège, Bélgica), Emilia Romagna Teatro Fondazione (Modena, Itália); Schaubühne am Lehniner Platz (Berlim, Alemanha), Universidade de Tampere (Tampere, Finlândia)
Apoio | Teatro Viriato, O Espaço do Tempo

 

Duração | 90min
M/12

 

 

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2008 | TURBO-FOLK

Uma encomenda do São Luiz Teatro Municipal no âmbito do ciclo “Outras Lisboas”.

 

 

Servindo o ciclo “Outras Lisboas” do Teatro São Luiz para uma reflexão sobre a imigração em Lisboa, e tendo sido atribuído ao Teatro Praga a especificidade dos imigrantes do Leste, Turbo-Folk (título derivado do conceito musical sérvio inventado por Rambo Amadeus que denomina um estilo de música tradicional com um “up-rooting pop”) surge como espectáculo comunitário inevitável que, na senda dos Persas de Ésquilo, (des)congela as relações Leste e Far Oeste i.e. aquelas velhas questões, outrora conscientemente desvalorizadas, regressam com toda a força do Zeitgeist. Com os dados do “outro lado”.

CRIME A RIVER

“(…) que disse querer simplesmente elogiar Carlos Fino pelo facto de, nas suas reportagens de Guerra, transparecer sempre um extraordinário respeito e compreensão pela cultura que está do “outro lado”. Lembrei-me logo que talvez a tragédia “Persas” de Ésquilo fosse do agrado de Carlos Fino (arrisco esta opinião sem o conhecer).”

Frederico Lourenço

O espectáculo Turbo-Folk é a terceira parte de uma trilogia épica sobre o “Poder Estético”*, iniciada com o espectáculo Discotheater* [Festival Alkantara] a que se seguiu O Avarento ou A última festa [T.N.S.J.]. **

Turbo-Folk comete um atentado: uma redefinição política através da estética. Tal como a imigração é um problema sério a resolver a nível político, ela é também uma boa metáfora para muitas outras questões inerentes ao acto de comunicação e de partilha em comunidade, os desejos e problemas no relacionamento dos seres humanos uns com os outros. O governarmo-nos.

Não basta apontar o dedo a políticas, não basta embelezar a condição de imigração atribuindo-a como categoria comum a todos os indivíduos, não basta sair à rua imolado, não basta dizer que o problema habita “o outro”, pois o ser humano está sempre a um passo de cair no abismo, no tal tapete persa esquiliano.

Assim sendo, Turbo-Folk é uma revolução dos sem parte, entre um percussionista estónio semi-perdido e um show a solo de uma cantora lírica ucraniana.

Turbo-Folk é uma festa de imigrantes.

Em Turbo-Folk é a performatividade que conta, não o objecto (já agora, a troika performativa é: Jean-Luc Godard, Rambo Amadeus e Slavoj Žižek).

Em Turbo-Folk um “homo faber aestheticus” anda contente à deriva num qualquer rio sangrento.

 

 

Um espectáculo Teatro Praga
Com | Ana Só, André e. Teodósio, Andres Lõo, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Inês Vaz, Patrícia da Silva e Pedro Penim
Cantoras | Larissa Savchenko e Luiza Dedicin
Colaboração | André Godinho, Catarina Campino, Javier Núñez Gasco, José Maria Vieira Mendes, Rogério Nuno Costa e Vasco Araújo
3 dentes de ouro vestidos por | Mariana Sá Nogueira
Design de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Apoio à cenografia | João Gonçalves
Produção | Joana Gusmão e Pedro Pires
Co-Produção | São Luiz Teatro Municipal
Fotografia | José Frade
Fotografia promocional | Steve Stoer
Grafitter | Rodrigo Craveiro

 

 

Length | 90min
M/12

 

 

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2008 | PÚBLICO-ALVO

Pára de me puxar a trela, sua besta, que eu enterro os meus dentes na tua perna.
em Dog, de Steven Berkoff

 

Se o “retorno à Natureza” nunca foi possível, não vale a pena fingir que umas vezes estamos ao ar livre e outras não. Celebremos então, uma vez mais, o terreno que os homens pisam, na senda dos madeireiros pouco amáveis da Amazónia, dos implacáveis arpoeiros islandeses ou dos resistentes habitantes dos Países Baixos, e façamos mais uma missa em honra do Dr. Frankenstein (o novo Dionísio) porque “Deus dá nozes, mas não as parte”.

Simulemos, num espaço a meio caminho entre o aeroporto, a estação e o estádio, a mítica (porque extinta) luta entre Physis e Anthropos, entre a Natureza e o Homem.

Os actores estão escolhidos. O desastre é inevitável. O público-alvo que se atreva a aparecer.

 

 

Co-criação | André e. Teodósio, Cláudia Jardim, José Maria Vieira Mendes, Patrícia da Silva e Pedro Penim
Produção e promoção | FIMP, Pedro Pires e Joana Gusmão (Teatro Praga)
Luz e música | Teatro Praga
Fotografia | Susana Neves

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2008 | CONSERVATÓRIO

Got to write a classic
Got to write it in an attic
Adrian Gurvitz, Classic

 

Fazer um espectáculo conservador, fazer-nos clássicos, dar à luz um monstro, impor uma identidade, construir uma estufa onde isto se guarda e se mostra, paredes fechadas, sala climatizada sem perigo de contágio, coisa só nossa, plantas para os outros verem. Um interior absoluto, confortável, conservador e devidamente decorado, suficientemente grande para cabermos todos. Ou quase. Mas e depois? O que acontece quando transborda? Ficas ou vais? Pertences ou não pertences? O teu palácio é igual ao meu?

O ponto de partida para este espectáculo surge de um texto de Peter Sloterdijk que aborda a alegoria “cavernosa” da estufa: “conservatory”, em inglês, é também sinónimo de estufa, um lugar onde conservamos qualquer coisa que desejamos preservar.

Se o “conservatório” é um lugar onde objectos e seres vivos se podem conservar e sobreviver, distantes de todas as alterações e mudanças (excepto da velhice e dos seus resultados naturais), o nosso Conservatório é um lugar onde textos e actores se podem conservar e sobreviver, distantes de todas as alterações e mudanças (excepto da velhice e dos seus resultados naturais).

Se um “conservatório” pode tornar-se uma organização evoluída, sob a forma de um estabelecimento público ou privado, destinado a salvaguardar e a promover o ensinamento de valores culturais como a música, a dança, o teatro, ou de outros saberes como as técnicas de certos métiers, o nosso Conservatório tenta ser uma organização que se deixa evoluir, sob a forma de um espaço semi-público/semi-privado, destinado a salvaguardar e a promover os ensinamentos do Teatro.

O termo conservatório é maioritariamente usado para designar um fenómeno artificial de protecção, mas é igualmente aplicado para designar um contexto natural, espontâneo, que consegue preencher sem intervenção antrópica, uma função de preservação – tome-se em consideração este exemplo: o isolamento de uma ilha durante a deriva dos continentes pode criar um “conservatório” natural de espécies vivas. Assim sendo, Conservatório é um espectáculo, resultado natural da deriva do teatro, que tenta criar um conservatório natural de espécies.

 

 

Um espectáculo Teatro Praga
Com | André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Joana Barrios, Patrícia da Silva, Pedro Penim e Simão Cayatte
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Produção | Joana Gusmão e Pedro Pires
Co-produção | Festival Alkantara
Apoio | Espaço do Tempo, DEVIR

 

 

Duração | 90min

 

 

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2007 | HAMLET SOU EU

To dance or not to dance… It’s not a question…

Dois actores ensaiam a construção de um espectáculo infantil. Como contar histórias às crianças? Mais precisamente, como contar clássicos da literatura e dramaturgia às crianças? Em cima da mesa, uma carteira, de onde começam a saltar objectos que rapidamente se transformam em personagens de uma história. Hamlet é uma maçã, Gertrudes é um fio dental, Cláudio é um creme hidratante e Ofélia uma cecrisina. Ao fim de uma hora, Hamlet renasce de uma carteira, um pouco como a mala de Mary Poppins, mais pequena por fora do que os sonhos que traz lá dentro.

Esta performance propõe um desafio de descoberta e representação de possíveis “cenários” teatrais para a história da peça Hamlet. Dois actores contam a história de Shakespeare a crianças guiando-as (ou distraindo-as) pela narrativa e propondo-lhes uma participação activa.

Tudo acaba com uma viagem dos participantes até ao palco onde estão disponíveis música, luzes e figurinos com a ajuda dos quais, em conjunto, se reconta a história. A cada dia, cada pequeno grupo cria o seu próprio espectáculo a partir da peça de Shakespeare.

 

 

Concepção geral | Cláudia Jardim, Diogo Bento e Pedro Penim
Interpretação | Cláudia Jardim, Diogo Bento
Apoio dramatúrgico | Maria João da Rocha Afonso
Produção executiva | Alexandra Baião
Direcção de produção | Andreia Carneiro
Fotografia | Alípio Padilha
Encomenda | Teatro Maria Matos
Co-produção | Teatro Maria Matos, Teatro Praga

 

 

Duração | 130 min
M/6

 

 

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2007 | O AVARENTO OU A ÚLTIMA FESTA

Comédia em cinco actos.

 

Um novo Avarento de José Maria Vieira Mendes: revisitação de um texto de 1668, na perspectiva do conflito entre duas gerações, no qual Molière serve apenas para o esqueleto: o autor parte a estrutura original e deixa buracos, fracturas, peças soltas, mistura linguagens e estilos, para realizar uma reflexão sobre o conflito entre a geração pós-25 de Abril e a geração dos pais dela. Uma nova versão da peça, livre e esquiva, ou a escrita daquilo que se gostaria de ler já na obra original.

Neste Avarento – possível palco para infinitas e histéricas afirmações políticas e estéticas como a distribuição do poder dentro de uma mesma geração (a do “Jonas” que fez 25 anos no ano 2000), a vigilância panóptica das cidades contemporâneas (disciplina e mutilação), velhos vs. novos, a ausência de mãe, os perigos de um mundo calculista, o poder transcendental vs. normas cartesianas sociais, a redução do humano a um valor monetário + quantificação como conhecimento, a casa como representação da economia moderna e blá blá blá – renegámos qualquer possível leitura linear, e tentámos desconstruir e “meter-a-pata” no texto o menos possível. Isto pode ser visto (pelos que nos conhecem ou pelos que têm algumas expectativas) como uma espertalhona/pouco inovadora manoeuvre classicista representação vs. apresentação). Neste caso diremos, na senda viriliana, que é uma questão de perspectiva.

 

 

Texto | José Maria Vieira Mendes, a partir de O Avarento (L’Avare, 1668), de Molière
Co-criação de | André e. Teodósio, Cláudia Jardim, José Maria Vieira Mendes, Marcello Urgeghe, Martim Pedroso, Patrícia da Silva, Paula Diogo, Pedro Penim, Rogério Nuno Costa, Romeu Runa e Sofia Ferrão
Interpretação | André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Marcello Urgeghe, Diogo Bento, Patrícia da Silva, Paula Diogo, Pedro Penim, Rogério Nuno Costa e Romeu Runa
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Direcção de produção | Pedro Pires
Assistente de produção | Joana Gusmão
Fotografia | João Tuna
Registo videográfico | André Godinho
Colaboração | O Espaço do Tempo / Centro Cultural de Belém
Co-produção | Teatro Nacional São João

 

 

Duração | 2h30

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2006 | O QUARTETO

O que fica quando as ideologias morrem?

 

Um homem e uma mulher em jogos de sexudução. Um novo terrorismo – o das emoções – sem espaço mediático ou reuniões de concelhos de segurança mas onde também há atentados, reféns e usurpações. Aqui não há bons nem maus, há ligações que são perigosas.

Este espectáculo nasce daí, do construir a partir dos escombros de um terrorismo emocional.

O que fica quando as ideologias morrem? Quem manda? Quem quer mandar? A melhor maneira de encontrar a vítima é procurar alguém com sangue nas mãos. O sangue já não é a prova do crime, o assassino ataca de longe, friamente, enquanto as vítimas sujam as mãos para estancar a hemorragia.

 

 

Co-criação | Cláudia Jardim e José Gonçalo Pais
Com | Cláudia Jardim e José Gonçalo Pais
Desenho de luz | Teatro Praga com a colaboração de Daniel Worm d’Assumpção
Design gráfico | Triplinfinito
Registo videográfico | André Godinho
Produção | Pedro Pires
Co-produção | CENTA, Teatro Praga

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2006 | DISCOTHEATER

Uma performance “duracional”.

 

DISCOTHEATER é um espectáculo que começa quando os outros acabam.

DISCOTHEATER é um espectáculo entre a História e o Zeitgeist. Entre teorias e factos. Entre arte, tradição e autoridade. Entre arte correcta e incorrecta. Entre improvisação e perícia. Entre o sacrifício romântico e o triunfo doloroso. Entre “Wahn und Witz” (ilusão e presença de espírito). Entre o dionisíaco e o apolíneo.

Uma “discoteatralização” contínua. Uma linha de montagem de imagens e de rasgos explosivos de mestria. Uma “phantasmagoria”. Um não-lugar “discoteatral” povoado de mestres que se autoproclamam como tal. Tudo e todos à espera da luz. Da ‘’Aufklärung‘’(iluminação).

Nos tempos que correm, a procura do novo deriva de uma consciência que perdeu o pé perante o real, uma deriva quixotesca. Uma mestria impraticável. Um desejo do que não existe. Uma coisa que não há. Por isso, um gatilho para ensaiar uma continuação. E se nos lembrarmos que já caíram folhas secas de uma teia, que já houve uma tempestade de produtos alimentares no palco, que já houve três mil convidados para ver uma galeria vazia, que já irromperam cavalos pela cena, que já foram confeccionadas refeições quentes servidas por actores-músicos, que já se construiu um cenário labiríntico onde os espectadores tinham de encontrar o seu caminho, que já se fez um chão-canteiro repleto de cravos vermelhos, o que nos restará? Só mesmo continuar.

No DISCOTHEATER sentimo-nos “como se estivéssemos dentro de um sonho. Tivemos um sonho maravilhoso, que mal nos atrevemos a pensar, pois temos medo de o ver desaparecer. É essa precisamente a nossa missão: interpretar e fixar sonhos. Não haverá nada mais do que isso. Vamos contar-vos o nosso sonho matinal. E esperamos acordar ao mesmo tempo.” Era assim que gostávamos que fosse.

 

 

Co-produção | Festival Alkantara
Co-criação e interpretação | André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Maria João Machado, Nelson Guerreiro, Patrícia da Silva, Pedro Penim e Vasco Araújo
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Produção | Pedro Pires
Fotografia | Ângelo Fernandes e José Luís Neves
Vídeo | André Godinho
Colaboração | Isabelle Schad
Apoio | O Espaço do Tempo

 

 

Duração | 70min
M/12

 

 

Para aceder ao vídeo completo do espetáculo,
por favor contacte-nos

 

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2005 | EUROVISION

Caros senhores, estimadas senhoras: há música no programa / Cantores, tomem as vossas posições, que vença o melhor / Abrem-se as fronteiras / E se proclamássemos que esta noite é a festa?»

Telex, Euro-Vision

 

Existirá tal coisa como uma Identidade Europeia? Será que nos conseguimos entender, quando falamos tantas línguas diferentes? Este «espetáculo a duas vozes» investiga estas questões. Porém, ao invés de apresentar respostas, confronta a audiência colocando mais questões numa performance irónica que, em linha com o tema, recorre a múltiplas línguas e usa elementos variados provenientes de diversas áreas artísticas.

Procurando definir com precisão este europeísmo, escolhemos o maior evento kitsch da causa comum: o Festival Eurovisão da Canção, onde os representantes de diferentes nações, com culturas, línguas, hábitos e níveis de vida diversos, se reúnem numa parada de mau gosto uniforme.

 

Europe starts with the birth of its ordinary languages and with the reaction, often alarmed, towards the eruption of the mentioned languages, start the critical culture of Europe, provoking the fragmentation drama of languages and starts to reflect about its own destiny of Multilanguage civilization. Suffering the effects of fragmentation, Europe tries to come up with a solution: looks backwards and tries to find again the Adamic language, and looks forward focusing on the construction of a language of reason as perfect as Adam’s language.

Umberto Eco
Searching for the perfect language

 

 

Texto | Pedro Penim
Criação e interpretação | Pedro Penim e  André e. Teodósio
Produção | Cristina Correia, Elizabete Fragoso, Pedro Pires
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Versão inicial criada em colaboração com | Rogério Nuno Costa e Martim Pedroso
Co-produção | ZDB, Transforma AC
Fotografia | Ângelo Fernandes, Lab8

 

 

Duração | 60min
M/12

 

 

Para aceder ao vídeo completo do espetáculo,
por favor contacte-nos

 

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2005 | SHALL WE DANCE

Ciclos de duetos (2003-2008)

 

Shall We Dance é um ciclo feito em pequenas doses que em 2008 completa a sua quinta edição. Um elemento do Teatro Praga convida um “estrangeiro” para colaborar consigo na criação de um objecto teatral. Shall We Dance é um motor para a exploração de cumplicidades. Uma operação a duas mãos para descobrir outras leituras e aceitar novos compromissos. Até ao momento os espectáculos foram feitos em colaboração com os artistas: Alexander Kelly, Daniel Worm d’Assumpção, Joaquim Horta, José Gonçalo Pais, José Maria Vieira Mendes, Maria João Machado, Marta Furtado, Nelson Guerreiro e Nuno Carinhas.

 

SHALL WE DANCE 2
2005

Co-criação | Patrícia da Silva e Nelson Guerreiro
Apoio | O Espaço do Tempo

 

  • Super-Gorila

Co-criação | André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes
Com | André e. Teodósio
Colaboração especial | Pedro Olivença
Desenho de Luz | André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes
Montagem | Luís Bombico e João Leonardo

 

  • Hidden Track

Co-criação | Carlos Alves

 

 

SHALL WE DANCE 3
2006

Co-produção | CENTA

 

  • Quarteto

Co-criação | Cláudia Jardim e José Gonçalo Pais

 

  • Our Party People

Co-criação | Sofia Ferrão e Maria João Machado
Desenho de luz | Teatro Praga com a colaboração de Daniel Worm d’Assumpção
Design gráfico | Triplinfinito
Registo videográfico | André Godinho
Produção e promoção | Pedro Pires

 

SHALL WE DANCE 4
2007

Co-produção| Culturgest

 

  • Off The White

Co-criação | Paula Diogo e Alexander Kelly

 

  • Geografias e Tratados

Co-criação | Sofia Ferrão e Nuno Carinhas

 

  • Hunting Scene

Co-criação | Cláudia Gaiolas e Daniel Worm d’Assumpção
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Registo videográfico | André Godinho
Produção e promoção | Pedro Pires
Colaboração em Off The White | Christopher Hall, Tracey Doxey e Mário Costa
Concepção de Figurino em Hunting Scene | Miss Suzie
Colaboração em Hunting Scene | Pedro Carmo e DJ Alx
Interpretação em Geografias e Tratados | Carlos Alves

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2005 | SUPER-GORILA

Este espectáculo começou num adolescente.

 

“Estamos tristes, é normal. Isso estamos sempre.” Há histórias que já não se contam. Há coisas que estão mal. Há palavras que não se dizem. Não existem razões, nem se encontra uma direcção, um inimigo ou um culpado. Acontece muito e tudo em simultâneo. E é difícil estar quieto e também falar e ficar calado. Raras vezes se percebe quando começou como também quando acaba ou quando se juntam e separam.

Procura-se no tempo, vai-se atrás para achar o fio que se perdeu. Mas a memória é fraca. E a vontade pouca.

Este espectáculo começou num adolescente.

 

 

Um espectáculo de André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes
Co-produção | O Espaço do Tempo
Co-criação | André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes
Operação de luz e som | Pedro Pires
Imagens de promoção e design gráfico | Javier Nuñez Gasco e Catarina Campino
Registo videográfico | Triplinfinito
Produção e promoção | Cristina Correia
Duração | 40m (s/ intervalo)
Língua | português (com legendagem, se necessário)

 

 

Duração | 40min
M/12

 

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2005 | AGATHA CHRISTIE

Talvez seja difícil falar deste espectáculo, ou pelo menos tanto como dos últimos, porque há mais uma vez a tentativa de fazer um trabalho que não tenha uma narrativa bem sucedida e que ainda assim seja eficiente a todos os níveis e que ao mesmo tempo propõe voltar à narrativa a partir de uma narração, mas sem passar pela psicologia narrativa. Tudo em bomba-relógio.

Agatha Christie pressupõe dois tempos distintos: o tempo do “Whodunnit?”, onde a narrativa impera; e a vitória do delírio (onde paradoxalmente a ordem se estabelece), onde há personagens, e sequências de acções, canções pop e (malgré tout) sequências narrativas. Cada item com a sua integridade, os seus limites e o seu próprio desenvolvimento. Cada coisa toma o seu lugar no todo. Cada parte utiliza o seu conteúdo, o seu tom, o seu ritmo e as suas qualidades formais, criando um meta-ritmo, um supra-objecto.

O tema da culpabilidade generalizada é tratado por Agatha Christie em ‘’Ten Little Niggers’’, destruindo uma convenção básica do policial (que é também uma das ficções da sociedade moderna): a determinação do culpado, esse lugar visível do mal que a todos redime. O policial clássico glosou até à exaustão este tema: os suspeitos podem ser muitos, todos terão motivos para matar, mas, no final, um só será o criminoso (mesmo quando ao “culpado” correspondem dois ou três sujeitos empíricos). Para lá da confiança epistemológica que a explicação do mistério sempre transmite, esta determinação do culpado nunca deixará de instaurar um sentimento de tranquilidade. Nas palavras de Abel Barros Baptista: “Uma vez decidida a questão de saber ‘quem teve a culpa?’, todos os problemas se dissipam e vai cada um à sua vida.”

 

 

Co-criação e interpretação | André e. Teodósio, Carlos Alves, Cláudia Gaiolas, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Patrícia da Silva, Paula Diogo, Pedro Penim, Sandra Simões e Sofia Ferrão
Design gráfico | Triplinfinito
Fotografia | Ângelo Fernandes e Sofia Ferrão
Desenho de luz e direcção técnica | Daniel Worm d’Assumpção
Direcção de produção e promoção | Pedro Pires
Co-produção | Culturgest

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2004 | CINCO ESTRELAS

5***** é uma hora de celebração, de evocação de velhos fantasmas e provocação de novos.

 

5***** é um espectáculo que passa pela história do teatro português e do Teatro Praga (que comemora, no ano 2005, 10 anos de actividade), que confere, que nomeia, que dá conselhos em forma de receituário em como construir um espectáculo 5*****, que prolonga a sua obsessão pelo niilismo Nietzschiano (e de Artaud, porque não), pelo pós-modernismo de Derrida, e pela busca de linguagem e sentido de Steiner, mais o Montaigne, Benjamin e o Castoriadis, que troca o dito pelo não-dito, o rir pelo chorar, a verdade pelo falso, troca os próprios nomes, que se auto-questiona, que conta coisas sem no fundo saber a história, que estreia todos os dias, a toda a hora, mais canções, figurinos e fumo, muito fumo (o eterno dilema português)…

5***** é uma hora de celebração, de evocação de velhos fantasmas e provocação de novos.

 

 

Co-criação e interpretação | André e. Teodósio, Carlos Alves, Cláudia Gaiolas, Cláudia Jardim, Paula Diogo, Pedro Penim, Pedro Pires, Patrícia da Silva, Sandra Simões e Sofia Ferrão
Desenho de luz | Pedro Domingos

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2004 | TÍTULO

Título faculta uma escolha ao público: o de pagar ou não pagar. A escolha é decisiva para a definição do papel de cada um no espectáculo: cada lugar escolhido, cada ângulo de visão, cada movimento accionado e cada palavra proferida estão sujeitas a um carimbo taxativo de verdadeiro ou falso. Ficção e documento situam-se, aqui, na mesma dimensão.

O espectáculo chamado Título é uma sucessão de “peças falsas” que não pretendem “retratar”, e que inevitavelmente se perderão ao tentar procurar significado em objectos que duvidam de si mesmos. Dúvidas que chegam da garantia que substituir velhos deuses por falsos novos deuses como explica Arno Gruen*, significa uma libertação de “submissões antigas” por “autoridades novas”.

Título pretende dar provas inequívocas da verdade num terreno minado de mentiras. Pretende ao mesmo tempo rotular projectos impregnados de veracidade de artigos tão falsos como os jarros Ming das lojas dos 300.

Pisar estas minas anti-pessoais é tão excitante quanto inoportuno ou vão.

É de crer que este espectáculo chamado Título, tal como estas tautologias e contradições, é puramente formal, desprovido de sentido e que nada nos diz sobre o mundo. Mas é também de considerar a sua condição de espectáculo essencial, tal como as tautologias o são no domínio da lógica, enunciando as leis sem as quais o pensamento e o discurso seriam incoerentes.

Se as proposições tautológicas do género: “O meu nome é nome” são necessariamente verdadeiras a priori e se o contrário (uma contradição) é uma preposição lógica necessariamente falsa, quando aplicadas à convenção tridimensional do teatro todas elas se baralham e se confrontam com este espaço da falsidade por excelência que, em regra, se situa nos antípodas da percepção e do entendimento hiper-realista do cinema.

 

*Falsos Deuses, Arno Gruen, Paz Editora de Multimédia Lda., Lisboa 1997, tradução de Lumir Nahodil.

 

 

Co-criação e interpretação | Carlos Alves, Catarina Campino, Cláudia Jardim, Javier Núñez Gasco, Patrícia da Silva e Pedro Penim
Produção e promoção | Pedro Pires
Fotografias | Sofia Ferrão e Hélio Mateus
Apoio | O Espaço do Tempo

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2004 | SOBRE A MESA A FACA

Num ringue, e em tumulto constante, desfilam as mais diversas interrogações.

 

Axes / After whose stroke the wood rings, / And the echoes!…
“Words”, Sylvia Plath

 

Sobre a mesa a faca é um espectáculo co-produzido pelas companhias Cão Solteiro e Teatro Praga, que representa um esforço de colaboração e um confronto de identidades e, dando seguimento aos últimos trabalhos das duas companhias, é um trabalho que se quer como um ensaio visual/vital, de leitura aberta.

Num ringue, e em tumulto constante, desfilam as mais diversas interrogações: O que é público e o que é privado? O que é meu e o que é teu? Lutaremos? Quem sobreviverá? Quem terá mais poder? Alguém aniquilará alguém? Um universo transparente ou reflector? O que é verdade e o que é mentira? Quem és tu e quem sou eu? Isto é real ou inventado? Estão a olhar para mim ou estão a olhar para ti? Sou eu um micróbio sobre a faca? E a mesa, o mundo? E eu, e eu (entra a música)…

Deve: Não há mesa. Não há faca. Não há tendência para definir o espectáculo segundo uma regra simples ou segundo uma única cena ou actividade. Não é sobre nada. É sobre tudo. Não há só um sítio onde se pode falar. Não se fala só para o público. Não se fala. Fala-se.

Haver: As personagens são finalmente bem-vindas. Há o lixo do mundo. Há mãos que se erguem em prol de atenção. Há segundas peles de protecção. Há uma cidade. Há a cidade e os seus textos. Há os artistas e os seus textos. Há conversas/entrevistas. Há o reconhecimento individual a partir duma estrutura de “refém do outro”. E a cidade ergue-se. E a cidade desmorona-se. Há o hino da América. Há dinheiro, muito dinheiro. Há morte sem sangue. Há feridas com sangue. Há cão com peste, há pragas que ladram. Há vozes do além. Há o aqui e o agora. E nada mais.

 

 

Co-criação e interpretação | André e. Teodósio, Carlos Alves, Marcello Urgeghe, Paula Sá Nogueira, Pedro Penim e Sofia Ferrão
Apoio à dramaturgia | Manuela Correia
Figurinos | Mariana Sá Nogueira
Cenografia | Nuno Carinhas
Execução de figurinos | Teresa Louro, Palmira Abranches e Natália Ferreira
Produção e promoção | Pedro Pires
Co-produção | Cão Solteiro
Design gráfico | Triplinfinito

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2003 | PRIVATE LIVES

Um gesto determinante de um lançar de dados decide o preço do bilhete. A distribuição dos 4 papéis pelos 6 actores é uma Roleta-Russa oferecida, de bandeja, ao público. Serão a Serendipidade, o Book-Crossing, o Random Order, o Nietzsche (!) e o Amor (!!?) farinha do mesmo saco? Um saco com uma bola branca e outra preta chamado acaso.

Cabe a este decidir, para cada dia, a hipótese certa das 72 combinações possíveis que sabemos que existem neste espectáculo. Mas avisamos desde já que o exponencial é infinito, e que a mão que embala o copo de dados é a mão que vai determinar o desenrolar dos acontecimentos.

De Noël Coward ainda não sabemos se gostamos. Nunca percebemos em que parte da zona cinzenta e infinita que vai do dandy intelectual ao queer fútil é que ele se situa. É neste território movediço, neste pântano, que se vai operar a construção da peça e do espectáculo. E é aqui que o universo cool e eficaz de Noël Coward sofre um duro golpe do destino: a encenação (público e actores) deste espectáculo nunca será mais do que um produto da casuística e da assunção dos resultados. E que ninguém se desobrigue das consequências.

 

 

Nomeções

VENCEDOR | Prémio “Teatro na Década 2003” | Clube Português de Artes e Ideias | categ. Encenação e Melhor Actriz

 

 

Texto | Noël Coward
Tradução | Carlos Falcão
Co-criação e interpretação | André e. Teodósio, Carlos Alves, Cláudia Jardim, Paula Diogo, Patrícia da Silva, Pedro Penim e Sofia Ferrão
Styling | Sofia Aparício
Produção executiva | Pedro Pires
Design gráfico | Paula Veiga

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2003 | DE REPENTE EU

A reconstituição de um óbito.

 

Trata-se aqui da reconstituição de um óbito.

Escrita a partir de A Noite e o Riso de Nuno Bragança, esta peça põe em cena o congelamento de um momento e a revisitação de um passado: um vasculhar permanente pela memória visual de alguém.

Esta reconstituição é também sinónima de reconstrução. Reconstrução de uma ruína ou de um espaço vazio. Reconstrução de uma vida ou de um momento decisório e determinante. Uma reconstrução desconstruída e desprovida de continuidades. Uma reconstrução feita de oportunidades e de aproveitamentos vampíricos de locais, histórias, espectadores, escritores e performers.

 

 

Prémios
MENÇÃO HONROSA | prémio ACARTE / Madalena Perdigão 2003

 

 

Texto | Pedro Penim, a partir de A Noite e o Riso de Nuno Bragança
Encenação | Pedro Penim
Interpretação | André e. Teodósio, Cláudia Gaiolas, Cláudia Jardim e Tiago Matias
Direcção de produção | Maria João Fontaínhas
Produção executiva | Ana Rita Osório e Pedro Pires
Fotografia | Sofia Ferrão
Co-produção | Cª Teatro de Sintra / Transforma AC

 

 

Duração | 60min
M/12

 

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2002 | UM MÊS NO CAMPO

Para Turgueniev Um mês no campo refere-se à estadia de Belyaev na propriedade dos Islaev, mas para nós, Teatro Praga, significou também um mês de residência, experimentação e confronto no CENTA em Vila Velha de Ródão.

A proposta era um espectáculo imprevisto, que diferia de dia para dia, sem marcações e que assumia a nossa passagem de um meio natural para um campo de batalha (o teatro).

O trabalho que realizámos a partir deste clássico do teatro russo do século XIX pressupôs uma relação com um meio estranho, o campo, motor de uma vivência casuística em torno de tropeções sucessivos no amor.

Apoiámo-nos no legado do autor e reflectimos sobre a possibilidade do vazio e do nihil, e, esticando mais a corda, pusemos no palco o “valor seguro” da interrupção, a troca entre o objecto e o sujeito artístico, o prazer da contracena e a pulsão de um texto escrito há mais de um século, que trouxemos à realidade e à vida sensível dos actores e co-criadores.

Projecto Vencedor do Prémio ‘’Teatro na Década 2003’’, do Clube Português de Artes e Ideias, na categoria de reposição.

 

 

Texto | Ivan Turgueniev
Tradução e versão | Pedro Penim, a partir da tradução inglesa de Richard Freeborn (A Month in the Country, ed. Oxford University Press, 1991) e da francesa de Denis Roche, revista por Françoise Flamand (Un mois à la campagne, ed. Gallimard, 1995)
Co-criação e interpretação | André e. Teodósio, Carlos Alves, Cláudia Jardim, Patrícia da Silva, Pedro Penim e Sofia Ferrão
Com a colaboração de | Cláudia Gaiolas, David Dias, Hugo Sovelas, Ivo Serra, Pedro Martinez e Sandra Simões
Vídeos e iluminação | Paulo Simões
Design gráfico | Elsa Guimarães
Produção e divulgação | Pedro Pires
Fotografias | Sandra Ramos e Sofia Ferrão

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2001 | PROFUNDO DELAY

“Em 2001 e a convite de Jorge Silva Melo para o evento Uma Mesa e Duas Cadeiras, escrevi e co-encenei um texto sobre a cidade, ou as cidades. Pensei sempre na Lapónia como ponto de partida e numa canção homónima da finlandesa Mónica Aspelund como meio para pôr a escrita em prática.

O resultado é uma série de quadros mais ou menos “lounge”. Uma “féerie” cosmopolita, que mistura Londres, Paris e Roma, com Invernos prolongados na Crimeia ou em Tirana, noites de Halloween em Virginia Beach e passagens rápidas pela Avenida da República. Tudo acompanhado pelo que considero ser a única manifestação do divino nas cidades: o corte de energia.

Como na altura não tinha nenhum disco do Burt Bacharach, pensei também muito no Tony de Matos e no Vodka Martini e dediquei-lhes um dos quadros. Mais ou menos “lounge”.

Para mim e para a Cláudia era conditio sine qua non que este seria um espectáculo feliz sobre a cidade feliz. E é-o.”

Pedro Penim

 

“Profundo Delay” foi reencenado por Ana Tang e Paulo Pascoal em 2017, no âmbito da ACREÇÃO – Ciclo de reenactments de performances portuguesas.

 

 

Co-criação e interpretação | Cláudia Jardim e Pedro Penim
Texto | Pedro Penim
Produção executiva | Pedro Pires
Responsabilidade técnica | Paulo Simões
Fotografias | Sandra Ramos

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2023 | A Ideia É Nossa! (Arte, Filosofia e Mundo)

Este livro, que colige conversas em torno de Arte e Filosofia, procura tornar acessível o pensamento de quem faz filosofia, bem como de quem faz arte. O privilégio de se ter juntado gente tão díspar, bem como a felicidade dos registos, permitiram que as conversas, os frente-a-frente entre artistas e filósofos e as reflexões a partir destes materiais existam agora num objecto que quer viver para lá da memória do evento que os gerou. Foi esta a ideia! E assim uma ideia virou um livro que virou muitas ideias, porque a ideia é nossa.

 

Convidámos Béatrice Joyeux-Prunel, Boris Groys e Catarina Pombo Nabais para debater a questão «Pode mesmo a arte transformar o mundo?» e Luísa Semedo, Peter Trawny e Yves Michaud para enfrentar esta outra: «Como nos vamos entender com o mundo?». Juntos perseguimos duas perguntas com genealogia, a primeira a fazer ecoar o repto à transformação do mundo numa marcante tese de Marx sobre Feuerbach, e a outra a reverberar, ainda que de maneiras muito diferentes, a pergunta sobre como vivermos juntos que animou os cursos de Roland Barthes no Colégio de França, ainda nos anos 70 do século passado. Nas duas questões, o mundo foi o elemento comum, entre a filosofia e a arte, as possibilidades do entendimento e da transformação. Aberto o debate, a resposta às questões não se fará sem perguntas dirigidas às próprias questões — Pode sequer, por princípio, esperar-se que a arte transforme o mundo? E é o entendimento com o mundo uma questão com sentido? Como se as perguntas fossem realidades a observar desta e daquela perspectiva, com um recuo analítico, antes de serem abertas — e abertas serão — na exploração das respostas que possam conter.

[André Barata]

ed.___________, uma chancela composta por duas coleções – “Série” e “Sequência” -, resulta da colaboração entre o Teatro Praga e a editora Sistema Solar, com coordenação de André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes. A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.


Título
 | A Ideia É Nossa! (Arte, Filosofia e Mundo)

Organização | André Barata, André e. Teodósio, José Maria Vieira Mendes

Autorxs | André Barata, André Godinho, António Guerreiro, Béatrice Joyeux-Prunel, Boris Groys, Catarina Pombo Nabais, Filipe Sambado, João Constâncio, Luísa Semedo, Maribel Sobreira, Nuno Fonseca, Peter Trawny, Susana Mendes Silva, Yara Monteiro, Yves Michaud

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2023)

Direcção da colecção | José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio

Design | Horácio Frutuoso

+Disponível para aquisição aqui
+Para mais informações sobre a sua compra contactar producao@teatropraga.com

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2023 | A Construção de Sonora de Moçambique 1974—1994

Nataniel Ngomane: «Um trabalho pioneiro e, desde logo, importantíssima ferramenta referencial para trabalhos futuros não somente na área musical e sonora…»

 

O que nos é apresentado neste livro de Marco Roque de Freitas é, efetivamente, uma abordagem teórica sistematizada da experiência musical de Moçambique, abordagem assente na base sólida que cobre o período de transição, sobretudo política — de 1974 a 1994 —, e «identificando os principais processos que levaram à sua relação com a construção social». Essa experiência musical é acrescida da experiência sonora, no sentido já descrito, como elemento com função central na construção da nação moçambicana. Desse ponto de vista, mesmo considerando a existência de alguns trabalhos de natureza similar em Moçambique, não temos nenhuma dificuldade em considerar este, na sua profundidade e intensidade, como um trabalho pioneiro e, desde logo, importantíssima ferramenta referencial para trabalhos futuros não somente na área musical e sonora, mas também noutras áreas das artes e outras, como da história de Moçambique, da antropologia, ciências políticas, entre muitas outras.

[Nataniel Ngomane]

 

Nesta obra é robusta a evidência da importância dos media para a análise etnomusicológica. Os processos da radiodifusão e da produção discográfica fazem parte de uma narrativa que sublinha o papel da tecnologia e dos procedimentos industriais e comerciais na configuração da música — e não apenas na sua reprodução, bem como a sua relação com os territórios e as populações de Moçambique. De facto, a extensão e diversidade cultural e territorial de Moçambique coloca à investigação desafios de enorme dimensão. O presente trabalho, fruto de uma investigação etnomusicológica extensa, aprofundada e centrada em Maputo e na sua área de influência mais próxima, constitui um importante testemunho daquilo que falta compreender, e das limitações com que ainda nos deparamos no projeto de conhecer a música em Moçambique.

[João Soeiro de Carvalho]

 

ed.___________, uma chancela composta por duas coleções – “Série” e “Sequência” -, resulta da colaboração entre o Teatro Praga e a editora Sistema Solar, com coordenação de André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes. A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.


Título
 | A Construção de Sonora de Moçambique 1974—1994

Autor |Marco Roque de Freitas

Apresentação | João Soeiro de Carvalho, Nataniel Ngomane

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2023)

Direcção da colecção | José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio

Design | Horácio Frutuoso

+Disponível para aquisição aqui
+Para mais informações sobre a sua compra contactar producao@teatropraga.com

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2022 | A Body as Listening

Are you there? Can you touch this? (Listening is touching at the distance)

Este livro desdobra-se a partir da perspetiva de uma prática musical, tomando o corpo como parte de uma cartografia ressonante. Isto implica explorar todo o tipo de processos ressonantes e vibratórios tomados como (im)possíveis.
Todas as entidades responsáveis por este livro não podem, porém, prever ‘o que pode um corpo fazer’ ou acusar total responsabilidade pelas ‘suas’ ações e consequências.
Ao navegar nas duas correntes deste livro, x leitorx concorda com o facto de que não estamos a providenciar a melhor experiência, concordando portanto (e alimentando) a possibilidade do falhanço.

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ed.___________, uma chancela composta por duas coleções – “Série” e “Sequência” -, resulta da colaboração entre o Teatro Praga e a editora Sistema Solar, com coordenação de André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes. A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.

Título | a body as listening – resonant cartography of music (im)materialities
Autora | Joana Sá
Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2022)
Direcção da colecção | José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio
Design | Horácio Frutuoso

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2022 | #aseriesofprotectivestyles. Volume I — A Coroa

Petra vem de preta.

E… Sara, mas cura?

 

Sara Fonseca da Graça, aka Petra.Preta, n. 1992. Licenciada em teatro pela ESTC, é artista pluridisciplinar e arte-educadora. A forma de expressão não é o ponto de partida, é um veículo para ressignificar, transformar linguagens e criar imaginários seguros e de empoderamento para corpes negres.

………

No interior encontra-se um processo a meio do caminho, um guia para proteção; salvaguardar; preservar; resguardar; defender. O mapear de estratégias para um movimento interior, um percurso da margem para o centro.

IV. SUJEITE DE PROTEÇÃO: a) hidratar; b) nutrir; c) restaurar.

III. OS SEGREDOS: a) o afeto, práticas de afeto; b) a eficácia, práticas de eficácia; c) o poder, práticas de poder.

II. AS ROTAS: a) o que existe para ti vs. os teus tesouros; b) a construção vs. o que estás a construir; c) os teus tesouros vs. o que existe para ti.

I. O REPOUSO: a) a preparação; b) o restauro.

 

ed.___________, uma chancela composta por duas coleções – “Série” e “Sequência” -, resulta da colaboração entre o Teatro Praga e a editora Sistema Solar, com coordenação de André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes. A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.


Título
 | #aseriesofprotectivestyles. Volume I — A Coroa

Autora | Petra Preta

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2022)

Direcção da colecção | José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio

Design | Horácio Frutuoso

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2022 | Esferas da Insurreição — Notas para uma vida não chulada (2ª ed.)

Paul B. Preciado: «Estes ensaios de Suely Rolnik chegam-nos em plena névoa tóxica que os nossos modos coletivos de vida produzem sobre o planeta. Vivemos um momento contrarrevolucionário.»

 

Estes textos são como um oráculo que nos fala do nosso próprio futuro mutilado. Vêm recordar que o que estamos a viver não é um processo natural, mas uma fase a mais de uma guerra que não cessou: a mesma guerra que levou à capitalização das áreas de preservação de terras indígenas, ao confinamento e ao extermínio de todos os corpos cujos modos de conhecimento ou afeção desafiavam a ordem disciplinar, à destruição dos saberes populares em benefício da capitalização científica, à caça às bruxas, à captura de corpos humanos para serem convertidos em máquinas vivas da plantação colonial; a mesma guerra na qual lutaram os revolucionários do Haiti, as cidadãs da França, os proletários da Comuna, aquela guerra que fez surgir a praia sob os paralelepípedos das ruas de Paris em 1968, a guerra dos soropositivos, das profissionais do sexo e das trans no final do século XX, a guerra do exílio e da migração…

Suely Rolnik reuniu aqui três textos elaborados durante os últimos anos que poderiam funcionar como um guia de resistência micropolítica em tempos de contrarrevolução. Tive a sorte de escutar e ler muitas versões destes textos, como quem assiste à germinação de um ser vivo. O pensamento de Suely, como a sua própria prática analítica, tem a qualidade de estar sempre em movimento. O que os leitores têm agora nas suas mãos é uma fotografia da tarefa crítica de Suely tirada num momento preciso. Trata-se de um trabalho aberto, de um arquivo em beta, em constante modificação. O livro, extremamente rico e cuja leitura levará a múltiplas intervenções críticas e clínicas, poderia ser lido tanto como um diagnóstico micropolítico da atual mutação neoconservadora e nacionalista do regime financeiro neoliberal quanto como uma hipótese acerca da derrota da esquerda, no contexto não só latino-americano, mas também global. Mas esse réquiem por uma esquerda macropolítica é acompanhado em Suely pelo desenho de uma nova esquerda radical: Esferas da Insurreição é uma cartografia das práticas micropolíticas de desestabilização das formas dominantes de subjetivação, um diagrama da esquerda por vir.

 

ed._ _ _ _ _ _ _, uma chancela composta por duas coleções – “Série” e “Sequência” -, resulta da colaboração entre o Teatro Praga e a editora Sistema Solar, com coordenação de André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes. A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.

 

Título | Esferas da Insurreição — Notas para uma vida não chulada

Autora | Suely Rolnik

Prefácio | Paul B. Preciado

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2022)

Direcção da colecção | José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio

Design | Horácio Frutuoso

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2022 | O Diário de Shakespeare

A Trilogia Shakespeare, do Teatro Praga, apoia-se em três tragédias do autor e é composta pelos seguintes espetáculos: Hamlet sou eu (2007), Romeu & Julieta (2017) e MacBad (2021). Além disso, criámos ainda um filme-conferência intitulado William ShakeskKkKKkk, onde se conta a vida do autor num formato tiktokiano, uma ação de formação para professores e artistas sobre a adaptação dos clássicos para miúdos e graúdos e, finalmente, um livro. Este livro. O diário de William Shakespeare.
Escrito, desenhado e concebido por muitas cabeças e mais mãos ainda, procuramos levar o escritor isabelino a um maior número de pessoas que possa divertir-se, aprender e interagir com este diário performativo. No fundo, um outro palco possível para se ter junto à cabeceira da cama.
À semelhança dos espetáculos, colocamos cada leitor na posição de jogador. Aliando educação cívica e literária a divertimento e fruição, pretendemos que o enredo, baseado no que se sabe sobre a biografia shakespeariana, se concretize não só a partir da leitura, mas também de ilustrações, autocolantes, páginas invertidas, tinta fluorescente, labirintos, jogos, desafios óticos, cartas dos pokémons e um rosto que se vai modelando ao sabor de uma corrente e de muita liberdade.
Narrado na primeira pessoa, este diário ficcionado rouba ideias, desenhos e textos a múltiplas obras infantojuvenis e a tantos outros artistas, facilmente reconhecíveis por toda a família. Se Shakespeare surripiou versos a tudo quanto era autor para divertir os outros, porque não haveríamos nós de fazer o mesmo para contar a vida deste ladrão tão genial? Roubar ou não roubar? É mesmo essa a nossa questão.

 

 

ConceçãoCláudia Jardim, Diogo Bento, Sara & André, Sara Mealha

Tradução, revisão, colaboração | Fernando Villas-Boas

Revisão gráfica, paginação, colaboração | Horácio Frutuoso

Produção executiva | Marisa Falcón

Colaborações pontuais

Francisco: Página “Este diário pertence a”
Hugo van der Ding: Autor da página X
Marta Brito: Tradução para emojis ✏️🫠🤳

Vasco Jardim: Página “Despesas e receitas”

Agradecimentos | André Godinho, Beatriz Carneiro, Mafalda Sebastião, Maria Sequeira Mendes, Patrícia Portela, Susana Menezes, Vaulene dos Anjos.

Edição | Teatro Praga

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2022 | Matchundadi: Género, Performance e Violência Política na Guiné-Bissau (2ª ed.)

«A cultura di matchundadi tem sido o motor da vida política guineense e sem a exacerbação e a institucionalização desta forma de masculinidade hegemónica, o sumo que tem regado a política guineense desapareceria. Entre tramas, traições, mortes, destituições, eleições, nomeações, transições políticas e golpes de Estado.» [Joacine Katar Moreira]

 

Indispensável. Numa palavra seria esta a qualificação do livro de Joacine Katar Moreira que aqui se apresenta. E indispensável por múltiplas razões: porque permitirá à leitora e ao leitor aprender tanto como aprendi eu sobre a história contemporânea da Guiné-Bissau; porque desenvolve uma análise fina e sofisticada de como essa história foi e é, também, organizada por um dos processos primordiais de todas as sociedades humanas – o género; porque aponta claramente um dos elementos centrais, até aqui oculto de toda e qualquer análise sobre a realidade guineense, geradores da instabilidade e violência dos processos sociopolíticos da Guiné-Bissau – as formas de (hiper)masculinidade hegemónica que monopolizam a competição pelo poder estatal.

[Pedro Vasconcelos]

 

cultura di matchundadi, hipermasculina, move-se dentro das estruturas do Estado, procurando fazer da matchundadi endémica uma matchundadi sistémica. Ou seja, procura institucionalizar um modus operandi e uma visão do mundo na qual impera a lei do mais forte, do mais poderoso e sobretudo do mais violento, ao mesmo tempo que esta hipermasculinidade traduz as características associadas aos homens e às masculinidades, tais como a redistribuição dos recursos, a protecção (e enriquecimento) do seu clã e a ameaça permanente aos adversários políticos. Assim, a cultura di matchundadi é altamente performativa mas com consequências que colidem com o ambiente democrático e a paz social, pois vive do mimetismo político e assenta no confronto constante, na demonstração de força de uns sobre outros.

[Joacine Katar Moreira]

 

 

ed.___________, uma chancela composta por duas coleções – “Série” e “Sequência” -, resulta da colaboração entre o Teatro Praga e a editora Sistema Solar, com coordenação de André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes. A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.

 

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2020)
Direcção da colecção | José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio
Prefácio | Pedro Vasconcelos
Design | Horácio Frutuoso
Revisão | Helena Roldão

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2022 | Recordações d’uma Colonial (Memorias da preta Fernanda)

Fernanda do Vale: «Não me move, ao catalogar as remeniscencias aventureiras da minha mocidade, o odio negro da raça ou a alvura branca do rastejante reconhecimento pelo bem e pelas atenções que sempre tenho recebido d’aqueles a quem todavia não é facil conformarem-se com a minha côr. Move-me, sim, o desejo sincero, o anelo constante, acariciado sempre no meu espirito, de contribuir como sincera colonial para o resurgimento e resolução completa do decadente problema da literatura intermetropolitana.»

 

Recordações d’uma Colonial (Memorias da preta Fernanda) é uma autobiografia ficcional originalmente publicada em 1912, e redigida em coautoria por dois escritores hoje obscuros, A. Totta e F. Machado. O livro, que contém muitos dos elementos de um bildungsroman satírico, narra o percurso de Fernanda do Vale (nome que no livro é apresentado como pseudónimo literário de Andrêsa do Nascimento), uma mulher vulgarmente conhecida na época como «preta Fernanda», que os autores apresentam como sendo cabo-verdiana, desde o nascimento e infância na ilha de S. Tiago, passando brevemente por Dakar, até à capital do império então em fase de consolidação, Lisboa, cidade onde decorre a maioria dos acontecimentos narrados e que contribuíram para a notoriedade do sujeito retratado. Sobre a vida de Fernanda do Vale, muito pouco se sabe para além do que é representado na narrativa, que, sendo pouco fidedigna, obtém corroboração parcial nas poucas fontes externas que sobrevivem. Sabe-se, no entanto, que a data de nascimento apresentada na narrativa não coincide com a que se deduz dos registos de casamento e óbito, que têm Andreza de Pina como seu nome verdadeiro; os mesmos registos desmentem também a informação sobre o lugar de origem, que terá sido a Guiné-Bissau e não Cabo Verde, ainda que tenha sido aqui que Andreza terá sido batizada, na Cidade da Praia. Uma portaria régia de 1880 confirma que Andreza foi contratada para servir como modelo para a estátua a Sá da Bandeira, que ainda hoje se encontra na Praça de D. Luís I em Lisboa, trabalho pelo qual lhe terá sido atribuído o subsídio diário de 560 réis.

[Pedro Schacht Pereira]

 

ed.___________, uma chancela composta por duas coleções – “Série” e “Sequência” -, resulta da colaboração entre o Teatro Praga e a editora Sistema Solar, com coordenação de André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes. A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.

 

Título | Recordações d’uma Colonial (Memorias da preta Fernanda)

Apresentação | Inocência Mata, Pedro Schacht Pereira

Autores | A. Totta e F. Machado

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2022)

Direcção da colecção | José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio

Design | Horácio Frutuoso

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2022 | Anda, Diana (2ª ed.)

Na casa da janela partida, tiro a terra das meias e das botas.
Alguém entra no andar de cima.
Faço silêncio.
À mesa recordo a conversa com todos os que morreram.
Acordo.

Cambalhota, queda para trás, gancho de pés na corda. Os pés falham as cordas e as pontas dos dedos das mãos amparam a queda. A cabeça recolhe, a cervical bate no colchão, ouço o barulho de ossos a partir. O corpo desliga. O corpo levita. As pernas flutuam, os braços mexem e eu não sinto nada.
Estou a arder. Doem-me os ombros. Sinto as clavículas coladas ao pescoço e as articulações em curto-circuito. Queimam-me.

ed.___________, uma chancela composta por duas coleções – “Série” e “Sequência” -, resulta da colaboração entre o Teatro Praga e a editora Sistema Solar, com coordenação de André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes. A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.


Título
 | Anda, Diana (2ª edição)

Autora | Diana Niepce

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2022)

Direcção da colecção | José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio

Design | Horácio Frutuoso

Fotografia | Mafalda Miranda Jacinto e Alípio Padilha

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2022 | Uma coisa não é outra coisa

Um espetáculo de teatro e uma peça de teatro são diferentes porque são duas coisas. À partida não há qualquer distância entre as duas artes, tal como não há entre a cidadania e uma pintura da Idade Média. A descrição de distâncias é fruto de uma proposta de relação que alimenta frustrações e imobiliza identidades. A proposta deste livro, que pensa sobre teatro e literatura, mas também obra de arte e público, implica reconhecer o outro no encontro e identificar o óbvio: eu não sou tu.

 

ed.___________, uma chancela composta por duas coleções – “Série” e “Sequência” -, resulta da colaboração entre o Teatro Praga e a editora Sistema Solar, com coordenação de André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes. A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.

 

Título | Uma coisa não é outra coisa

Autor | José Maria Vieira Mendes

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2022)

Direcção da colecção | José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio

Design | Horácio Frutuoso

Fotografia | Mafalda Miranda Jacinto

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2022| Coisas de Theatro / Loisas de Theatro

Com este volume, reeditamos uma polémica. Na sua leitura, vamo-nos informando, deleitando e rindo com o próprio «meio» artístico. O dissenso nas artes não só tem servido como estratégia de posicionamento mas também como marcador para períodos e movimentos. As muitas querelas que se vivem hoje são assim uma versão 2.0 de um certo passado. A vida, como a performance e a história, é um processo. Com meios e com fins e, esperemos, também e sempre com princípios. Nem que para isso se tenha de partir a loiça.

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Título | Coisas de Theatro de Sousa Bastos / Loisas de Theatro de Santos Gonçalves

Autores | Sousa Bastos e Santos Gonçalves

Prelúdio | Paula Gomes Magalhães

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2022)

Direcção da colecção | José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio

Design | Horácio Frutuoso

Fotografia | MMJ

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2022 | Delirar a Anatomia

Delirar a Anatomia é uma coleção de estudos febris dedicados a uma parte do corpo. Delirar a Anatomia é uma coleção de peças de dança e uma coleção de partituras-poemas. O presente livro compila cinco partituras-poemas desta coleção, intercaladas pelo (des)léxico para A.A. de Joana Levi, artista, performer e estudiosa sensível ao corpo proposto por Antonin Artaud.

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ed._ _ _ _ _ _ _, uma chancela composta por duas coleções – “Série” e “Sequência” -, resulta da colaboração entre o Teatro Praga e a editora Sistema Solar, com coordenação de André e. Teodósio e Rita Natálio. A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.

Título | Delirar a Anatomia Partitura-Poemas de Ana Rita Teodoro + (des)léxico para A.A. de Joana Levi

Autoras | Ana Rita Teodoro e Joana Levi

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2022)

Direcção da colecção | Rita Natálio e André e. Teodósio

Design | Horácio Frutuoso

Fotografia | MMJ

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2022 | O DESENSINO DA ARTE: Projecto de uma escola ideal

“O Desensino da Arte” parte do princípio de que, como afirma Steven Henry Madoff, «Nenhuma escola é uma escola sem uma ideia», e procura apresentar um modelo de escola ideal. A ideia não é nova, nasce da revisitação de exemplos de outras escolas de arte que modelaram o imaginário colectivo, procurando pensar sobre eles. Essencialmente, defende-se que, mais do que ser definida por um espaço ou pela entidade que a tutela, uma boa escola de artes pode existir em qualquer sítio desde que nela se cumpram algumas condições. 

“O Desensino da arte” divide-se em duas partes. Na primeira, contextualiza-se o modelo de ensino artístico existente e propõe-se uma alternativa. Na segunda, pede-se a um conjunto de artistas contemporâneos que nos descrevam o que seria, para si, a escola ideal. Conclui-se que a melhor escola de artes é a que, tendo a capacidade de não servir para nada, propõe uma difração da ideia de qualidade aos seus alunos.

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ed._ _ _ _ _ _ _, uma chancela composta por duas coleções – “Série” e “Sequência” -, resulta da colaboração entre o Teatro Praga e a editora Sistema Solar, com coordenação de André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes. A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.

Título | O DESENSINO DA ARTE: Projecto para uma escola ideal

Autoras | Maria Sequeira Mendes, Marta Cordeiro, Marisa F. Falcón

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2022)

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Design | Horácio Frutuoso

Fotografia | MMJ

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2021 | ANDA, DIANA

Anda, Diana é um diário ficcional de Diana Niepce desenvolvido a partir da experiência da sua tetraplegia causada por um acidente. Uma narrativa interior, desenvolvida a partir de factos cruelmente reais, contaminados pela perspetiva artística da autora. Um diário fundamental onde se interseccionam muitos eixos: da história da dança à construção das cidades, do corpo físico ao amor. Um livro absolutamente fundamental!

 

ed._______, uma chancela composta por duas colecções – “Série” e “Sequência” -, resulta da colaboração entre o Teatro Praga e a editora Sistema Solar, com coordenação de Rita Natálio e André e. Teodósio,

A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.

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Título | ANDA, DIANA

Autora | Diana Niepce

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2020)

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Design | Horácio Frutuoso

Fotografia | Alípio Padilha

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2020 | IMPASSE

Os três textos apresentados neste livro foram estreados em Portugal durante a ação pública Impasse, organizado por Pedro Gomes e João Pedro Vale & Nuno Alexandre. As performances que Diogo Bento e a dupla de artistas activaram no seu atelier partem de um encontro/desencontro entre os três, durante as primeiras manifestações em Paris dos Coletes Amarelos, em 2018. Ainda que na génese da performance não tenha havido necessariamente a intenção de publicação dos seus materiais, pareceu-nos fundamental partilhá-los numa edição bilingue (PT | EN). Por vezes não resta outra opção senão sair do impasse da infinitamente adiável situação de espera.

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A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.

 

Título | IMPASSE

Autores | João Pedro Vale, Nuno Alexandre Ferreira e Diogo Bento

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2020)

Direcção da colecção | Rita Natálio e André e. Teodósio

Tradução | Colin Ginks

Design | Horácio Frutuoso

Fotografia | Alípio Padilha

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2020 | Esferas da Insurreição

Estes ensaios de Suely Rolnik chegam-nos em plena névoa tóxica que os nossos modos colectivos de vida produzem sobre o planeta. Vivemos um momento contrarrevolucionário.

(Paul B. Preciado).

 

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Título | ESFERAS DA INSURREIÇÃO – Notas para uma vida não chulada

Autora | Suely Rolnik

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2020)

Direcção da colecção | Rita Natálio e André e. Teodósio

Prefácio | Paul B. Preciado

Design | Horácio Frutuoso

 

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2020 | Matchundadi: Género, Performance e Violência Política na Guiné-Bissau

 

“Matchundadi: Género, Performance e Violência Política na Guiné-Bissau” é um livro de Joacine Katar Moreira que coloca em fricção o conceito de “matchundadi” e a política e o Estado guineenses.  A cultura da “matchundadi” contribui para a consolidação rígida de estruturas políticas hipermasculinizadas com um forte impacto na vida das pessoas e da participação política contemporâneas.

Passando pelas representações tradicionais da masculinidade (“matchu-étnico”), da sociedade colonial (“matchu-urbano”) e da luta de libertação nacional (“matchu-combatente”), a autora propõe uma órbita singular para pensar as dimensões da guerra, da colonialidade, da festa e do protesto na Guiné-Bissau.

Um convite para “estar em” política com toda a complexidade das relações e das escalas que a produzem e que muitas vezes são colocadas fora de uma política “a sério”.

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A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2020)

Direcção da colecção | Rita Natálio e André e. Teodósio

Prefácio | Pedro Vasconcelos

Design | Horácio Frutuoso

Revisão | Helena Roldão

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Lançamento do livro, dia 24 de Setembro às 18h30 no LuxFrágil.

c/ a presença de Pedro Vasconcelos e Daniel Neto

Concerto Braima Galissá

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2020 | Curta introdução a um catálogo sem autor

ed.______, uma chancela composta por duas colecções – “Série” e “Sequência” -, resulta da colaboração entre o Teatro Praga e a editora Sistema Solar.

A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.

Sob a coordenação de Rita Natálio e André e. Teodósio, “Curta introdução a um catálogo sem autor” é o primeiro livro da coleção “Série”, um catálogo sem autor encontrado e prefaciado pelo coreógrafo francês Cyriaque Villemaux.

Foi no ano de 2011 que o coreógrafo conheceu, numa escola de dança, o autor deste catálogo. Ao autor, que se quer manter anónimo, interessa partilhar uma série de propostas coreográficas, literárias, culinárias, sociais, etc., suficientemente abertas para ser realizadas pelos outros… “ou não”. Escrito em inglês globish, o livro é um inédito que contribui para pensar, divulgar e até praticar artes performativas.

 

Uma edição | Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._______, 2020)

Direcção da colecção | Rita Natálio e André e. Teodósio

Design | Horário Frutuoso

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2019 | AMERÍNDIAS: PERFORMANCES DO CINEMA INDÍGENA NO BRASIL

ed.______, uma chancela composta por duas colecções – “Série” e “Sequência” -, resulta da colaboração entre o Teatro Praga e a editora Sistema Solar.

A coleção “Série” divulga o património imaterial das artes performativas contemporâneas. A coleção “Sequência” organiza-se em livros temáticos oriundos de diversas disciplinas, que ofereçam uma reflexão sobre sistemas de poder e protesto na atualidade.

Sob a coordenação de Rita Natálio e André e. Teodósio, “Ameríndias: Performances do cinema indígena no Brasil” foi publicado na sequência da “Mostra Ameríndias: Percursos do cinema indígena no Brasil“, uma iniciativa da apordoc – associação pelo documentário, que teve lugar entre dia 13 e 17 de Março de 2019, no Museu Calouste Gulbenkian – Colecção Moderna.

 

 

 

Textos | Isael e Sueli Maxakali, Manuela Carneiro da Cunha, Estela Vara, Els Lagrou, Eduardo Viveiros de Castro, Dominique Tilkin Gallois e Vincent Carelli, Alberto Alvares, André Brasil, Gilmar Galache, Marco Antonio Gonçalves, Aparecida Vilaça, Ailton Krenak, Rita Natálio, Rodrigo Lacerda, Pedro Cardim, Susana de Matos Viegas, Miguel Ribeiro
Design | Horário Frutuoso

 

Para mais informações contactar producao@teatropraga.com.

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2017 | Publicação DESPERTAR DA PRIMAVERA

 

 

 

Texto | Frank Wedekind
Tradução | José Maria Vieira Mendes
Design | Horário Frutuoso

 

5€
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2016 | Jornal ZULULUZU

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2014 | PROPS #7

PROPS é a nova publicação do Teatro Praga. “Props” de adereço, propaganda ou slang para mostrar respect. PROPS não tem respostas nem géneros, muito menos tema geral que nos conforte. Trata-se de um objecto paralelo, porque são necessárias outras formas de registar e porque a nossa identidade é uma identidade partilhada e colectiva e porque somos hiperbólicos e megalopsíquicos.

 

PROPS #7
LENÇO TROPA-FANDANGA

 

 

5€
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please contact producao@teatropraga.com.

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2009 | LP Demo

O LP Demo, Um Musical, de Kevin Blechdom, Christopher Fleeger e Andres Lõo, foi lançado em 2010 na sequência do espetáculo homónimo apresentado no Teatro São Luiz Theater entre Julho e Agosto de 2009, ainda está à venda na sede do Teatro Praga, a Rua das Gaivotas6.

 

 

Gravação original de “Demo – A Praga Musical”, apresentado em Julho – Agosto de 2009 no Teatro São Luiz em Lisboa. Um espetáculo do Teatro Praga com a música original de Kevin Blechdom, Christopher Fleeger and Andres Lõo
Colaboração | Vasco Araújo
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Apoio vocal | Luís Madureira
Choreographical Support | João Galante
Convidado especial | Rão Kyao
Produção | Cristina Correia, Joana Gusmão and Pedro Pires (Teatro Praga)
Co-produção | São Luiz Teatro Municipal / Teatro Praga
com o apoio de O Espaço do Tempo / DeVIR / Goethe Institute / O Rumo do Fumo
Gravação | Joaquim Monte at Namouche Studios in Lisbon, Portugal
Edição / pós-produção | Kristin Erickson, Christopher Fleeger, and Andres Lõo
Mixed by Cristian Vogel at Station 55, Barcelona, Spain
Mastered by LUPO at Dubplates & Mastering in Berlin, Germany
Desenhos para a capa | Pedro Lourenço
Coordenação de artwork | Susana Pomba aka Miss Dove
Fotografia | Tatiana Macedo and Susana Pomba
Design Gráfico | Barbara Says…

 

 

15€
Para mais informações sobre a sua compra
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2010 | PROPS #5

PROPS é a nova publicação do Teatro Praga. “Props” de adereço, propaganda ou slang para mostrar respect. PROPS não tem respostas nem géneros, muito menos tema geral que nos conforte. Trata-se de um objecto paralelo, porque são necessárias outras formas de registar e porque a nossa identidade é uma identidade partilhada e colectiva e porque somos hiperbólicos e megalopsíquicos. PROPS é a publicação trimestral onde publicamos pequenos ensaios, textos ou imagens pelos quais vamos passando nos nossos processos de criação.

 

PROPS #5
THE PRAGA FILES

Esta é a PROPS nº5, a primeira edição de 2010. Desta vez a PROPS é um conjunto de 12 fichas que contêm informação aleatória, ou não tão aleatória, chamada THE PRAGA FILES (Os Ficheiros Praga). Concebida para ser agarrada com as duas mãos e ao estalar de um dedo. A PROPS já foi um saco, uma revista desastre, um livro de desenhos, um cartaz com espaço para spam. Nesta publicação, a familiaridade pode ser apenas obtida na diversidade e surpresa de cada edição. Uma PROPS nunca será igual à outra.

 

 

Design | Barbara Says…

Uma colaboração entre o Teatro Praga e Susana Pomba.

 

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2009 | PROPS #4

PROPS é a nova publicação do Teatro Praga. “Props” de adereço, propaganda ou slang para mostrar respect. PROPS não tem respostas nem géneros, muito menos tema geral que nos conforte. Trata-se de um objecto paralelo, porque são necessárias outras formas de registar e porque a nossa identidade é uma identidade partilhada e colectiva e porque somos hiperbólicos e megalopsíquicos. PROPS é a publicação trimestral onde publicamos pequenos ensaios, textos ou imagens pelos quais vamos passando nos nossos processos de criação.

 

PROPS #4
BAG-A-PROPS

 

Design | Barbara Says…

 

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2009 | PROPS #3

PROPS é a nova publicação do Teatro Praga. “Props” de adereço, propaganda ou slang para mostrar respect. PROPS não tem respostas nem géneros, muito menos tema geral que nos conforte. Trata-se de um objecto paralelo, porque são necessárias outras formas de registar e porque a nossa identidade é uma identidade partilhada e colectiva e porque somos hiperbólicos e megalopsíquicos. PROPS é a publicação trimestral onde publicamos pequenos ensaios, textos ou imagens pelos quais vamos passando nos nossos processos de criação.

 

PROPS #3
IS A PROP IN PADAM PADAM

Esta é a PROPS nº3, uma edição inteiramente dedicada ao Padam Padam, uma performance catástrofe do Teatro Praga. Padam Padam é a primeira criação Portuguesa integrada no PROPERO – European Project of Theatrical Collaboration. Estreou em Lisboa, no CCB (Centro Cultural de Belém, 30 de Setembro – 5 de Outubro 2009) e irá viajar por Viseu (Teatro Viriato), Itália (Modena – Ponte Alto) e França (L’Aire Libre – Saint Jacques de Lande) entre 2009 e 2010.

 

 

Textos | André E. Teodósio, Cláudia Jardim, José Maria Vieira Mendes, Patrícia da Silva, Pedro Penim, Susana Pomba
Design |
Barbara Says… com Alexandre Castro

Uma colaboração entre o Teatro Praga e Susana Pomba.

 

 

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2009 | PROPS #2

PROPS é a nova publicação do Teatro Praga. “Props” de adereço, propaganda ou slang para mostrar respect. PROPS não tem respostas nem géneros, muito menos tema geral que nos conforte. Trata-se de um objecto paralelo, porque são necessárias outras formas de registar e porque a nossa identidade é uma identidade partilhada e colectiva e porque somos hiperbólicos e megalopsíquicos. PROPS é a publicação trimestral onde publicamos pequenos ensaios, textos ou imagens pelos quais vamos passando nos nossos processos de criação.

 

PROPS #2
DEMO SPECIAL

PROPS é a publicação do Teatro Praga. Este é o número 2, um especial DEMO, espetáculo estreado no Teatro São Luiz em Julho de 2009. Para esta PROPS especial foram convidados quatro criadores. Dois exteriores, dois insiders. Kevin Blechdom e Vasco Araújo participaram na realização do espetáculo DEMO, Gabriel Abrantes e Pedro Lourenço receberam apenas algumas pistas…

 

Desenhos | Pedro Lourenço, Gabriel Abrantes, Vasco Araújo e Kevin Blechdom
Design | Barbara Says.. com colaboração de Patrícia Maya

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2009 | PROPS #1

PROPS é a nova publicação do Teatro Praga. “Props” de adereço, propaganda ou slang para mostrar respect. PROPS não tem respostas nem géneros, muito menos tema geral que nos conforte. Trata-se de um objecto paralelo, porque são necessárias outras formas de registar e porque a nossa identidade é uma identidade partilhada e colectiva e porque somos hiperbólicos e megalopsíquicos. PROPS é a publicação trimestral onde publicamos pequenos ensaios, textos ou imagens pelos quais vamos passando nos nossos processos de criação.

 

PROPS #1
DEMO PROPS

 

Textos | José Maria Vieira Mendes, Pedro Gomes–Filho Único, Nelson Guerreiro, Andres Lõo, Susana Pomba
Design | Barbara Says

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2022 | 20 000 MINUTOS

Qual a relação entre palestras sobre a história da performance, os processos colectivos, as políticas de identidade e sessões de filmes, meditação, idas ao ginásio e à sauna? 20.000 MINUTOS de f(l)ama!

20.000 MINUTOS surge de um convite do Teatro Municipal do Porto Rivoli ao André e. Teodósio/Teatro Praga para a elaboração de um laboratório experimental educativo que visa o pensamento e a criação de experiências no âmbito performático. O programa, com a duração de duas semanas, é composto por módulos de formação e momentos de desenvolvimento de trabalhos.

Os módulos de formação serão constituídos por conteúdos em torno da performatividade e serão da responsabilidade dxs historiadorxs Joacine Katar Moreira, Pedro Faro e Ana Bigotte Vieira, da artista Diana Niepce, do programador Francisco Frazão, e por conteúdos “hápticos”, que seguem o ensinamento  “cabeça sã em corpo são”, que incluem desde o visionamento de espectáculos até à prática meditativa. Durante estas duas semanas, xs participantes devem, paralelamente, desenvolver trabalhos cuja construção será acompanhada, em modelo de tutoria, por André e. Teodósio. Estes trabalhos serão apresentados ao público. Ou não!

20.000 MINUTOS é uma espécie de casa dos segredos sem segredos, onde a informação fará curto-circuito tanto nas cabeças como nos corpos. 20.000 MINUTOS hoje podem mudar a eternidade.

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Orientador: André e. Teodósio

Professorxs convidadxs: Ana Bigotte Vieira, Diana Niepce, Francisco Frazão, Joacine Katar Moreira e Pedro Faro

Produção: Teatro Municipal do Porto e Teatro Praga

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Laboratório entre 10 e 24 Setembro 2022

Dirigido a alunos finalistas das escolas artísticas do Porto: ACE – Escola de Artes; Balleteatro; ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo; ESAP – Escola Superior Artística do Porto

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Mais informação em breve

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2019 | PARA QUE SERVE A CULTURA?

Em 2019, José Maria Vieira Mendes foi convidado pelo Teatro LUCA em Lisboa para fazer uma conferência para crianças que lidasse com a pergunta “Para que serve a cultura?”. Dessa conferência veio mais tarde a nascer um livro publicado pela Planeta Tangerina, com ilustrações de Madalena Matoso e com o título Para que serve?, livro esse entretanto traduzido em diferentes países e recentemente selecionado pelo prestigiado catálogo White Raven 2021, da International Youth Library de Munique, a maior biblioteca internacional do mundo de livros para a infância.

Esta conferência pode ser experimentada com diferentes alinhamentos e em diferentes formatos. Ora tentando lidar com a pergunta mais abrangente (“Para que serve?”) ora perguntando pela utilidade da “cultura” (“Para que serve a cultura?). Ora recorrendo ao formato “conferência, ora recorrendo ao formato “conversa”, num modelo informal de diálogo.

Qualquer que seja o formato ou o alinhamento o seu interesse será sempre o de introduzir o pensamento, a filosofia e a ideia de pergunta ou questionamento às gerações mais novas, de uma forma lúdica e descomplexada. Tenta-se perceber de onde vêm as perguntas e para isso fazem-se perguntas às perguntas. Será que faz sentido perguntar à cultura para que serve? Há perguntas que não fazem sentido. Por exemplo: Quantos braços tem uma mesa? Não faz sentido. Se fizermos perguntas às perguntas conseguimos perceber melhor se elas fazem sentido e fica mais fácil imaginar as suas respostas.

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Faixa etária +9

Duração aproximada 40 minutos

(c) Alípio Padilha

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2019 | DICIONÁRIO

A partir de DICIONÁRIO, texto dramático de sua autoria, JOSÉ MARIA VIEIRA MENDES orienta uma oficina em que os participantes leem a peça em conjunto e discutem-na, aproveitando a conversa para pensar o modo como lemos literatura dramática e como nos relacionamos com as temáticas sugeridas pelo texto.

DICIONÁRIO, de José Maria Vieira Mendes, pretende reproduzir a experiência que não é só a de um jovem em crescimento, mas que perdura pela vida. Trata-se da experiência de ter de lidar com opiniões sobre o nosso estar, e de querer opinar sobre o estar dos outros. Max, protagonista silenciosa desta peça, irá encontrar-se e cruzar- se com pessoas que lhe vão propor outras formas de “entrar”, “sair”, “dançar”, “contar”, “fazer” ou “viver”, como se a vida fosse um dicionário e estar nela fosse uma tentativa de corresponder às definições. Mas se o objetivo é tentar domar e agarrar Max, o resultado será perdê-lo.

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Público-alvo

Público escolar: 13-18 anos

Público geral: Grupos de leitura, teatro amador

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(c) Mário Negrão

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2018 | DIRECÇÃO ASSISTIDA 0.2

É relativamente comum as salas de espetáculos oferecerem momentos de encontro entre os artistas e os espectadores, nisto pretendendo-se abrir portas para um diálogo entre quem vê e quem faz. A proposta da Rua das Gaivotas 6 e do Teatro Praga é prima desta, mas pretende proteger os artistas dos espectadores e estes dos artistas, proporcionando um espaço de continuidade para o espetáculo, que não se resuma ao ato de ver e sentir.

Por isso convidamos espectadores a formar uma “Direção assistida” para 3 espetáculos, entre 11 de maio e 2 de junho. Após assistirem aos espetáculos (11 e 18 de maio e 2 de junho), os participantes juntam-se numa sala e conversam, sob a orientação de José Maria Vieira Mendes, sem segredos e em segredo.

Estes momentos póstumos permitem desabafos, exposição de afetos, afirmações de gosto, mas a direção a tomar será a de contribuir para que se perceba ou tome consciência das escolhas, teimas, interesses e vontades de quem vê. O objetivo é que, na conversa sobre um espetáculo, se tente acrescentar palavras, raciocínio e explicações aos nossos interesses.

 

 

 

Espectáculos:

11 de Maio
AURORA NA AREIA | Aurora Pinho 

18 de Maio
ENTREVISTAS | Tiago Cadete

2 de Junho
LUMI | Marko Milić 

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2018 | HOJE É O DIA

No Dia Mundial do Teatro de 2017, o Teatro Maria Matos lançou o desafio: criar um laboratório teatral numa escola secundária da cidade de Lisboa. Passado quase um ano, um grupo de alunos da Escola Secundária Dona Filipa de Lencastre tem trabalhado sob a direção artística de Pedro Penim no projeto Hoje é o Dia.
Ao longo do ano lectivo 2017/2018, Pedro Penim dirigiu o projeto artístico e pedagógico, que teve como objetivo a experimentação prática das áreas artísticas que trabalham no contexto atual da criação performativa e teatral. O exercício final será apresentado no próximo dia 5 de Junho, na escola.

 

“Um grupo de adolescentes encontra-se todas as semanas para fazer teatro.
Hoje (segunda-feira) é o dia.
É o dia em que se fala-se da pluralidade e é o dia em que se criam identidades e  várias cronologias de várias vidas (de seres humanos? de personagens? de  unicórnios?).
Hoje é o dia em que entramos numa espécie de tempo pós-histórico, confundido, disseminado por vários “agoras”, mas sempre apaixonado, porque hoje estamos apaixonados.
Hoje é o dia em que falamos de “ditaduras invisíveis”, que são no fundo todos os mecanismos (teatrais e artísticos) que, sem pensarmos neles (e porque são invisíveis), nos prendem a determinados preconceitos que regem e enformam a criação teatral, um ato total que é ao mesmo tempo (e em simultâneo) tão livre e tão regrado.
Hoje é o dia em que respiramos e vocalizamos.
Hoje é o dia em que exploramos a ideia de comunidade artística, e ao mesmo tempo a necessidade de encontrar um espaço individual e tentamos criar um domínio estético e ético com o intuito de procurar caminhos teatrais que ultrapassem fronteiras e façam cair mitos.
E pesquisamos, confrontamos ideias e criamos individualmente e coletivamente: e neste dia cada um dos intervenientes toma para si a responsabilidade de todos os atos criativos. Porque se pretende que este envolvimento e dedicação pessoais se reflitam no processo e no resultado, que vamos apresentar “um dia”…”

Pedro Penim

 

 

Formação e direção | Pedro Penim
Formadores convidados | André e. Teodósio, João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira e Vera Marmelo
Participantes | Carlota Fialho Tojo, Helena Mascarenhas Santos, Francisco Oliveira, Marta Figueira, Maria Andrade, Nina Matos, Madalena Carvalho, William Greer, Mariana de Pratt Maques, Maria Inês Louro Rodrigues, Inês Otero Rondão, Hugo Jorge, Lucas Fróis
Professora associada | Teresa Barros

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2017 | ACREÇÃO

ACREÇÃO, o primeiro ciclo de performances do Teatro Praga, tenta fazer justiça a processos artísticos e cognitivos que foram fundamentais para o desenvolvimento da companhia tanto numa escala afetiva como numa escala espacial ecologicamente desierarquizada. Em ACREÇÃO, o Teatro Praga apropria-se de performances, delega espetáculos seus e faz homenagens a figuras das artes performativas ausentes na maioria dos discursos históricos.

A verdade de ter convivido na sua contemporaneidade, o desejo de as inscrever em si e a vontade de as reativar levam o Teatro Praga a apresentar-se pela primeira vez no seu espaço ruadasgaivotas6, fazendo reenactments das suas “favourite things” e delegando os seus espetáculos a outros artistas.

O programa deste ciclo conta com 4 reenactments e com NOVAS CONVERSAS PORTUGUESAS, um debate-arquivo com Mónica Calle, Paula Sá Nogueira, Isabel Carlos, Cristina Peres e Mónica Guerreiro sobre importantes criadoras portuguesas da denominada “geração entalada” que contribuíram para a inscrição de novas linguagens performativas.

 

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CATEQUESE

Catequese quer ser um momento de reflexão, misto de intimidade dubitativa e pregação intolerante, completada por períodos de acção, em espírito grego, e saltos artísticos. Aqui, as aulas são arte cheia de si, uma gestão de egos incompatíveis que têm a certeza de tudo o que no dia seguinte negam. É um prelúdio de universidade inspirada no mestre ignorante e não no sábio decano amedrontado. Não estaremos juntos, não há cá ilusões de partilha de um sentido e generosa interactividade. Não há sequer esperança de entendimento. Joga-se no campo da comunicação sem garantias. Dos participantes espera-se iniciativa crítica, vontade de ler, ouvir e de adorar. Porque sem fé não se abrem águas nem se conquistam povos. A ambição é gigantesca para que a queda possa ser mais abismal.

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2014 | CONFERÊNCIAS MITOLÓGICAS

Conferências Mitológicas é um projeto de José Maria Vieira Mendes, do Teatro Praga. Assente num ciclo de discursos, o autor seguirá parte do trabalho de investigação, a que se tem dedicado nos últimos três anos, sobre a história do teatro e da literatura dramática e a sequência de mitos que foram sendo construídos e cristalizados pela crítica teórica e pelos próprios artistas. Para cada discurso, e dependendo do seu lugar de apresentação, será pensado um texto e um formato, um tema e um conteúdo.

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2014 | EURO-NEURO

Todos os dias enfrentamos a nossa memória de Europeus. George Steiner afirma que a Europa tem de aprender a negociar com as heranças de Atenas e Jerusalém e que ser Europeu “é uma tentativa de negociar moralmente, intelectualmente e existencialmente com ideais rivais, com reivindicações, e com a praxis das cidades de Sócrates (Atenas) e de Isaías (Jerusalém)”.

A Europa é uma grande casa, um lugar de memória e conforto. Mas é também detentora de um passado de fome, de limpezas étnicas, genocídios, torturas, guerras e epidemias. Sentimo-nos protegidos e quentes nas nossas casas, debaixo deste tecto comum. Mas existe uma sombra que paira sobre esta zona. Um lado negro nesta soberania das recordações, nesta auto-definição da Europa como lieux de mémoire.

Juntamente com os participantes, iremos explorar estas relações entre Atenas e Jerusalém, passado e presente, numa tentativa de criar textos, cenas, teorias e ideias em torno do nosso próprio trabalho e universo, e possibilitar uma performance em que o nervo da Europa (neuron/ νεῦρον) será combatido, discutido e negociado.

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2013-2014 | CICLO DE OFICINAS

O ciclo de oficinas Chroniques du Bord de Scène, promovido pelo MC93, proporciona um espaço de aprendizagem e encontros em que convidados de diversas áreas das artes performativas exploram um tema com os alunos de conservatórios de teatro franceses.

Nesta sexta temporada, o Pedro Penim e o José Maria Vieira Mendes foram desafiados a dirigir uma masterclass com alunos do Conservatório de Bobigny, Pantin e Aubervilliers/La Courneuve.

Depois de uma semana de trabalho em finais de 2013, em que se trabalhou à volta de questões como o que é um ator, uma pessoa, um espetáculo e um texto, com alguns exercício práticos a partir do texto original de José Maria Vieira Mendes, Terceira idade, alunos e membros do Teatro Praga voltaram a encontrar-se por mais duas semanas em abril de 2014 de modo a preparar uma apresentação pública para os dias 18 e 19 de abril de 2014 no teatro MC93.

O espetáculo fruto desse trabalho voltou a ser apresentado, a título excepcional e por vontade dos alunos, no mês de junho de 2014 no Théâtre Fil de L’Eau, em Pantin (Paris).

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2013 | ERRA UMA VEZ…

O mundo é uma confusão e nós somos um ótimo exemplo!

Se é verdade que nos reconhecemos e nos orgulhamos de nós próprios, também é verdade que volta e meia nos estranhamos: afinal hoje não quero um geladito de chocolate, afinal hoje não enjoei nas cinco horas de viagem enfiado num carro, afinal hoje, apesar de estar morto de sono, não dormi. Somos muita coisa, somos feitos de muitos desejos, somos de muitas cores, numa palavra: somos esquisitos.

E o que nos conforta no meio de tanta confusão é saber que não estamos sozinhos. Aliás, estamos muito bem acompanhados. Porque também os heróis e as heroínas das histórias que nos rodeiam têm as suas dificuldades, as suas esquisitices, aquilo que não se vê à primeira, que nos esqueceram de contar. Porque eles também comem, eles também namoram muito e estudam pouco, eles também têm dificuldades de expressão e articulação, também eles não conseguem chegar ao multibanco, também têm doenças, tomam comprimidos, enjoam nos carros, zangam-se com os irmãos, discutem processos de partilhas, os nossos heróis, as nossas cinderelas e brancas-de-neve e pequenas sereias e polegarzinhos e capuchinhos vermelhos têm tanta coisa por contar, tanta coisa que desconhecemos.

E por isso é preciso um espetáculo sobre isso. Chama-se: ERRA UMA VEZ…

A convite do Pavilhão do Conhecimento, e por ocasião da exposição Era uma vez… decidimos expor o outro lado das personagens. Ver a Alice e todos os outros nossos amigos do imaginário coletivo do outro lado do espelho, conhecendo-os assim na sua intimidade.

 

 

Um espetáculo Teatro Praga
Criação | André e. Teodósio, J.M. Vieira Mendes, Pedro Penim
Interpretação | Cláudia Jardim, Diogo Bento, Diogo Lopes, Patrícia da Silva, Pedro Penim, Joana Barrios
Design de Luz | Daniel Worm d’ Assumpção
Cenografia e Adereços | Bárbara Falcão Fernandes
Produção | Elisabete Fragoso, Catarina Mendes

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2013 | TERCEIRA IDADE . WORKSHOP

A acompanhar o espetáculo Terceira Idade, José Maria Vieira Mendes propõe-se a discutir a peça que escreveu com o mesmo nome, como pretexto para se falar da relação entre texto e espetáculo ou teatro e literatura, e também de atores e escritores, de preconceitos e hegemonias, de liberdades e garantias, de sentimento com dinheiro, de dicionários e gramática, de nascimentos e mortes, de livros e telediscos, de lápis e canetas, de dicotomias e parataxe e por aí fora.

Este workshop segue o modelo de uma série de oficinas e atividades do Teatro Praga a que se dá o nome de Catequese.

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2013 | ISAAC

God said to Abraham Kill me a son…
Abe said: where you want this killing done?
Bob Dylan, Highway 61 Revisited

 

Como é que se pode fazer um espetáculo sobre os direitos dos animais, sem cair na asneira do paternalismo? Como é que se pode contar uma história tão velha como o mundo, tão fundamental como o oxigénio, sem aborrecer? Como é que se pode falar da nossa herança civilizacional, que passa de pais para filhos e que nos obriga a assumir responsabilidades sobre o destino do mundo? A história de Isaac quer responder a tudo isto, conta-se como um dos velhos filmes de Walt Disney, procura o clássico para dar um passo em frente. E conta com três ajudas preciosas: A de cada espectador, no papel de Isaac. A de Pedro Penim no papel de pai. E a da cadela Rita, intérprete inesperada do papel do cordeiro.

 

 

Texto | Pedro Penim, André e.Teodósio
Encenação | Pedro Penim
Interpretação | Pedro Penim e Rita
Voz | Eduardo Gaspar
Cenografia | Bárbara Falcão Fernandes, Joana Mendo
Assistência à Cenografia | Ricardo Santanna
Design de Luz | Daniel Worm d’Assumpção
Apoio à Sonoplastia | Miguel Mendes
Treino | João Vasconcelos (Bocalán)
Fotografia | Alípio Padilha
Produção | Filipa Rolaça, Cristina Correia, Francisca Rodrigues, Elisabete Fragoso
Co-produção | CCB/Fábrica das Artes e Teatro Praga

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2012 | CONTOS DE REIS

Inaugura-se um novo canal televisivo: XRZ, Canal Xerazade: Um Canal das Arábias!

Com transmissão em direto, a partir dos Jardins da Gulbenkian, o público terá o privilégio não só de participar na primeira emissão, mas de ser responsável pelos conteúdos do canal. XRZ é verdadeiramente o canal de todos nós, em tom arábico e ao ritmo das excêntricas narrativas contadas por Xerazade ao Rei Xariar em As Mil e uma Noites.

XRZ cobre a atualidade noticiosa, aposta na nova ficção nacional, na internacional e na universal, com as melhores séries de todos os tempos, concursos, cultura, desporto, desenhos animados, documentários, o melhor entretenimento, uma programação para toda a família (e com as mais curtas pausas para publicidade).

Mas XRZ não se faz sem o espectador, porque XRZ é mesmo interativo, interpassivo e interinterno. Trazemos o exterior para o interior e convertemos o interior no exterior. E assim se distrai o mal.

“Distrair para não haver disastre!”, diz XRZ, um canal primaveril, a caminho da emancipação, televisão para se ver de pé, em movimento. XRZ dá ideias e transforma o espaço para que no final todos possam contar o seu conto no seu canal. Porque XRZ “c’est moi”.

XRZ não é um espetáculo, é o espetáculo.

 

 

Interpretação | André e. Teodósio, André Godinho, Catarina Campino, Diogo Bento, Joana Barrios, J. M. Vieira Mendes
Produção | Cristina Correia

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2011 | MENINAS ASSASSINAS

“O verdadeiro herói é sempre herói por engano; sonhou ser um cobarde honesto como todos os outros.”
Umberto Eco

Começámos por escolher poderes, os nossos fatos e novos nomes de super-heroínas. Transformámos os nossos maior defeitos em mais-valias: a mulher invisível era aquela adolescente em que ninguém reparava e que nessa altura aprendeu que a invisibilidade podia ser um super-poder. Foi assim que criámos os nossos alter-egos e vingámo-nos de todas as vezes que nos disseram “não podes”, “tu não és capaz”, “isto não é para ti”.

MENINAS ASSASSINAS é um espectáculo Girl Power, uma catsuit partty, uma bomba-relógio, Estamos em contagem decrescente… Assassinamos medos em directo e ao vivo entre lutas e corridas em saltos altos. Não vamos desistir. Desta vez, mesmo que nos digam que isto não é para nós, esticamos o dedo do meio, pomos a língua de fora e vamos até ao fim. Escolhemos ser nós a mandar. Vamos pintar a manta. Vamos fazer trinta por uma linha. Mandar os foguetes e apanhar as canas. MENINAS ASSASSINAS é uma festa e como it’s our party, we cry if we want to!

 

 

Um espetáculo Teatro Praga

Interpretação | Andreia, Catarina, Cristina, Joana, Katie, Lena, Marta, Matilde, Raquel, Sara, Sílvia e Vanessa
Criação | André Godinho, Cláudia Jardim
Vídeo | André Godinho
Cenografia | Filipe Carneiro
Produção | Cristina Correia
Co-Produção | 
Teatro Viriato

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2010 | QUERES QUE TE FAÇA UM DESENHO?!

O que é que foi a I República? Quantos eram? Quem era?

Num período de 16 anos houve 7 Parlamentos, 8 Presidentes da República e 45 governos.

E se resumíssemos os 16 anos que parecem 1000000 em 60 minutos? E se ultrapassássemos a velocidade da República, nos detivéssemos no acessório e complicássemos a história?

Vamos recusar a linearidade e fazer desenhos, rascunhos. Não vai ficar nada para contar porque tudo irá sempre ficar por contar e nós não somos contabilistas.

Dois actores, alguns adereços, um quadro onde escrever, umas imagens para ilustrar. Música e movimento. Vamos suar.

 

 

Criação | José Maria Vieira Mendes e Pedro Penim
Interpretação | Joana Barrios e Luís Filipe Silva
Cenografia | Bárbara Falcão Fernandes
Produção | Catarina Mendes, Cristina Correia, Pedro Morgado
Co-Produção | Teatro Praga, Comédias do Minho, Centenário da República Portuguesa

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2009 | GRANDA PINTA

Jackson Pollock, da América profunda para o mundo: a derradeira incursão elíptica pelo meteórico processo de ascensão, queda e rebatimento do abstraccionismo ébrio daquele que foi provavelmente o maior pintor americano do Século XX.

Qual a importância do acidente na Arte ocidental?
Qual a importância do Ocidente na Arte acidental?

Em Granda Pinta! [Jackson Pollock, (…) provavelmente o maior pintor americano do Século XX] tu, pequeno detective, vais poder investigar o corpo da obra do pintor serial Jackson Pollock. Seguindo as pistas e formulando hipóteses, descobrirás na autópsia que talvez a abstracção não seja mais do que uma vítima da “materialização estética do acidente”… 

Alista-te nas nossas Forças-de-Elite e vem deslindar esta teoria suspeita.

Vamos apanhar o Action Man em acção!

Quem não está connosco, está contra nós…

 

 

Um espetáculo Teatro Praga

Interpretação | Catarina Campino, Cláudia Jardim, Pedro Penim
Produção |  Joana Gusmão, Pedro Pires (Teatro Praga)
Co-produção | Teatro Praga, Teatro Maria Matos (Projecto Educativo)

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2008 | ANITA VAI A NADA

Anita ama a montanha, o mar, a natureza e também gosta de brincar às bonecas. Anita é sociável, fiel companheira, dinâmica, jovial, amorosa. Anita é mesmo perfeita.

Anita nasceu em 1954 mas será sempre jovem e bonita e nunca precisa de botox nem de prozac, nem de apoio moral. Anita tem sempre lingerie de bom gosto comprada na petit bateau. E brinquedos muito caros.

Anita é sempre a melhor em tudo, sabe sempre tudo e tem sempre a atitude certa.

Anita pode tudo e faz tudo, porque Anita tem tudo. E se ela pode tudo, também nós podemos, porque a Anita é o herói escondido dentro de qualquer um de nós.

 

 

Interpretação | Cláudia Jardim, Patrícia Portela
Desenho de Luz | Teatro Praga
Produção | Joana Gusmão, Pedro Pires
Confecção de figurinos | Mestra Teresa Louro
Fotografias | Susana Pomba
Duração do espectáculo | 50 minutos
Faixa etária | Espectáculo para crianças e público em geral
Co-produção | Teatro Viriato, Teatro Praga
Colaboração | Galeria Zé dos Bois, Serviço Educativo

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2008 | SUPERNOVA

Habitam o reino da Megalopsychia e têm várias formas e feitios. A sua vida de gladiadores espaciais competitivos tem F (de Futuro) como alvo. Para isso os Supernovas estão sempre a tentar derrubar o monstro/mestre… e a queimar-se. Embora caminhem para a extinção, esperemos que não desistam. Para mais informações introduzam o código V (Vida) = 365 nas vossas consolas e joguem MegalopsychoLandia™.

 

 

Criação | André Teodósio, André Godinho
Interpretação | Patrícia Silva
Desenho de Luz | Teatro Praga
Produção | Joana Gusmão, Pedro Pires
Fotografias | Susana Pomba
Co-produção | Teatro Viriato,  Teatro Praga
Colaboração | Galeria Zé dos Bois, Serviço Educativo