Um Espectáculo Catástrofe.
Padam Padam é um espectáculo provavelmente inspirado no cinema catástrofe e interessou-se por recordar o ano zero. É também um espectáculo dedicado aos animais. E às tempestades. Um espectáculo que está a pensar como é que vai ser. Como é que pode ser. Procurar novas doenças porque afinal de contas, se a pessoa onde se multiplicam as diferentes bactérias e vírus se sente mal, por outro lado as ditas bactérias e vírus sentem-se admiravelmente bem.
Comecemos então pelo meio: Padam Padam é um espectáculo catástrofe. Roubámos o nome aos filmes que ficcionam o fim do mundo ou a visita do monstro ou a invasão do extraterrestre. Apoiámo-nos numa hipotética estrutura, fantasmas de argumentos cinematográficos, mas não vamos além de cinco pessoas encaixadas num espaço exíguo onde se expõem às intempéries e experimentam ideias como a família ou a comunidade, as palavras e os nomes, mas também certos amores, utopias e viagens.
Para ajudar a “imprensa escrita”, podíamos dizer que contamos de um dia de sol em que uma família resolve partir de fim-de-semana. Uma família irrequieta e inconsistente. E à medida que o dia avança, as nuvens negras aproximam-se, os temporais soltam-se e há meteoritos a abalroar as estruturas do planeta. Os sobreviventes, a família que partiu de manhã, ficam a vaguear no deserto de ruínas e cadáveres. Uns procurando as velhas rotinas, outros apostando em novas ideias.
Padam Padam é um espectáculo dedicado aos animais. Um espectáculo que está a pensar como é que vai ser. Como é que pode ser. Procurar novas doenças porque afinal de contas, se a pessoa onde se multiplicam as diferentes bactérias e vírus se sente mal, por outro lado as ditas bactérias e vírus sentem-se admiravelmente bem.
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Um espectáculo Teatro Praga
Texto | José Maria Vieira Mendes
Com | Cláudia Jardim, Diogo Bento, Marcello Urgeghe, Patrícia da Silva e Pedro Penim
Narrador | Luís Miguel Cintra
Colaboração | Vasco Araújo
Desenho de luz e direcção técnica | Daniel Worm d’Assumpção
Vídeo | André Godinho
Fotografia | Ângelo Fernandes e Susana Pomba
Imagem gráfica (Cartaz) | mulher bala
Professora de valsa | Paula Fonseca
Produção | Cristina Correia, Joana Gusmão e Pedro Pires
Apoio à cenografia | João Gonçalves
Equipa de montagem | PréForma
Co-produção | Centro Cultural de Belém, Próspero
Estruturas associadas | Théâtre National de Bretagne (Rennes, França), Théâtre De La Place (Liège, Bélgica), Emilia Romagna Teatro Fondazione (Modena, Itália); Schaubühne am Lehniner Platz (Berlim, Alemanha), Universidade de Tampere (Tampere, Finlândia)
Apoio | Teatro Viriato, O Espaço do Tempo
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Duração | 90min
M/12
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