Agenda

2016

7 de Maio

ENSAIO ABERTO | Cine-Teatro Curvo Semedo/O Espaço do Tempo | Montemor-o-Novo [Portugal]

2016

19-20 de Maio

ESTREIA MUNDIAL | The International Istanbul Theater Festival (İKSV), Istambul [Turquia]

2016

31 de Maio - 4 de Junho

Théàtre des Abbesses, Paris [França]

2016

9 - 10 de Setembro

Mirada - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos | São Paulo [Brasil]

2016

15 - 25 de Setembro

ESTREIA NACIONAL | São Luiz Teatro Municipal | Lisboa [Portugal]

2016

7-8 de Outubro

REPOSIÇÃO | Teatro Municipal do Porto - Rivoli | Porto [Portugal]

2016 | ZULULUZU

Espetáculo a partir da vida e obra de Fernando Pessoa.

 

A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos não é o que vemos, senão o que somos.
Fernando Pessoa, “Livro do Desassossego”

 

Este espetáculo faz uso de um episódio relativamente obscuro da vida de Fernando Pessoa: a sua chegada a Durban, África do Sul, em 1896, cidade onde passou os primeiros anos da vida. ZULULUZU é o neologismo que enquadra esta passagem, dando voz a dois lugares-comuns: uma ideia de Portugal e uma ideia da África do Sul.
O Teatro Praga tira partido da cooperação entre estes dois clichês culturais para atacar uma instituição teatral, a caixa preta. Em ZULULUZU, o edifício teatral é utilizado como bode expiatório para um discurso contra todos os discursos que reclama um espaço para aqueles que são deixados de fora, as histórias e personagens esquecidas, as vítimas do “é assim que as coisas são” ou os que são invisíveis em frente a uma parede preta. O espetáculo apropria-se do vocabulário da teoria pós-estrutralista, feminista e de género e aplica-a à sua própria vida. Não é nisto um espetáculo contra a caixa preta, antes propõe que se reconheça o edifício, exigindo visibilidade para a sua arquitetura e normatividade e, em último caso, para o próprio ZULULUZU, um espetáculo a partir da vida e obra de Fernando Pessoa.

ZULULUZU anuncia o fim do “apartheid” das ideias, géneros e formas, e é uma estranha declaração de queerismo, um manifesto a favor de um objeto imaterial, um espetáculo que não veio para ficar e onde o exotismo dá lugar ao endotismo. Se “tenho em mim todos os sonhos do mundo”, como escreveu Pessoa, ZULULUZU quer todo o mundo e a sua infinitude.

 

 

Texto e direção | Pedro Zegre Penim, José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio
Com | André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Jenny Larrue, Joana Barrios, Maryne Lanaro, Gonçalo Pereira Valves, Pedro Zegre Penim
Cenografia | João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira
Figurinos | Joana Barrios [o figurino de André e. Teodósio na cena Nympha Negra é da autoria de Mariana Sá Nogueira e gentilmente cedido pelo Teatro Cão Solteiro]
Mestre costureira | Rosário Balbi
Música original | Xinobi
Luz | Daniel Worm d’Assumpção
Som | Sérgio Henriques
Produção | Bruno Reis
Produção executiva | Sara Garrinhas
Comunicação | Clara Antunes
Fotografia | Alípio Padilha
Agradecimentos | Aida Tavares, Alexandra Pinho, Alex D’Alva Teixeira, Ana Brito, Ana Carina Paulino, Ana Lúcia Cruz, André Godinho, António Mega Ferreira, António Gouveia, Aviva Obst, Calixto Neto, Carlos Pinto, Catarina Homem Marques, Chloé Siganos, Christophe Lemaire, Clara Riso, Companhia Nacional de Bailado, Cristina Correia, Cristina Piedade, Damaris Muga, Diana Lopes, Ela, Elisabete Azevedo, Giftor Neville, James Muriuki, Joana Gomes Cardoso, João Macdonald, Jody Paulsen, Maria João Sigalho, Mariana Sá Nogueira, Mark Lowen, Marta Neves, Nelson André / Traços Interiores, Patrícia Azevedo, Patrícia da Silva, Paula Nascimento, Paulo André, Paula Sá Nogueira, Paulo Pascoal, Pedro Rapoula, Rosário Balbi, Rui Horta, Rui Tavares, Sébastien Capouet, Selin Gerit, Simore, Sónia Baptista, Syowia Kyambi, Teatro Cão Solteiro, Tiago Bartolomeu Costa, Tiago Coelho, e um obrigado infinito aos nossos co-produtores, directores de Teatros e Festivais, apoios e criativos que integraram este processo; às nossas famílias, ao Richard Zenith, ao João dos Santos Martins, e à Luísa Taveira
Co-produção | São Luiz Teatro Municipal (Lisboa), Théâtre de la Ville (Paris), ÍKSV – Ístanbul Tiyatro Festivali (Istambul), Teatro Municipal do Porto – Rivoli (Porto), Casa Fernando Pessoa (Lisboa), Institut Français au Portugal
Apoio estreia | ÍKSV Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Embaixada de Portugal na Turquia
Apoio à residência artística | O Espaço do Tempo, Teatro Municipal Curvo Semedo – Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, Pólo Cultural das Gaivotas | Boavista

 

Espetáculo falado em Português, Zulu, Inglês, Francês, Alemão e Castelhano, legendado em Português / Inglês / Francês mediante local de apresentação.

Duração | 75min
M/12

 

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