O subterrâneo está vivo, o ar repleto de metal, há existência em toda esta selva, a que chamamos JÂNGAL.
O local onde o espetáculo acontece é uma sala mitológica construída a partir de vários territórios da Terra, onde o Teatro Praga tentará olhar para ontologias escondidas e procurar ficções esquecidas que não refletem ou mimetizam o mundo, mas antes especulam sobre ele. Em JÂNGAL, temos todos o direito de disfrutar do caos, do horror e da selva urbana, bem como do prazer do browsing, da passividade de um olhar, do que é simplesmente divertido e da descoberta de uma outra organização narrativa que procura ouvir objetos, dragões, minerais subterrâneos e zombies. Como escreve Beckett em Endgame: “Estamos na Terra. Não há cura para isso”.
JÂNGAL pretende abrir um espaço de experiências, onde nos sentimos a vaguear por paisagens sonoras e sensorial, que contam com a colaboração da compositora Violet e pela fadista Gisela João. JÂNGAL pretende inspirar um sentimento de passividade tranquila, é um espetáculo holístico que procura ficar com o problema, aceitando a nossa mortalidade entrelaçada numa miríade de configurações inacabadas de lugares, tempos, assuntos e significados.
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Um espetáculo de Teatro Praga (André e. Teodósio, Cláudia Jardim, José Maria Vieira Mendes e Pedro Penim)
Interpretação | André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Jenny Larue, Joana Barrios, João Abreu e a participação da cantora | Gisela João
Cenografia | Bruno Bogarim
Figurinos | Joana Barrios
Música | Violet
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Desenho de som | Miguel Lucas Mendes
Fotografia | Alípio Padilha
Vídeo | André Godinho
Direcção de produção | Andreia Carneiro
Produção | Alexandra Baião
Co-produção | São Luiz Teatro Municipal / Thêatre de la Ville / Teatro Municipal do Porto – Rivoli.Campo Alegre
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Duração | 75min
M/16
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