O mundo é uma confusão e nós somos um ótimo exemplo!
Se é verdade que nos reconhecemos e nos orgulhamos de nós próprios, também é verdade que volta e meia nos estranhamos: afinal hoje não quero um geladito de chocolate, afinal hoje não enjoei nas cinco horas de viagem enfiado num carro, afinal hoje, apesar de estar morto de sono, não dormi. Somos muita coisa, somos feitos de muitos desejos, somos de muitas cores, numa palavra: somos esquisitos.
E o que nos conforta no meio de tanta confusão é saber que não estamos sozinhos. Aliás, estamos muito bem acompanhados. Porque também os heróis e as heroínas das histórias que nos rodeiam têm as suas dificuldades, as suas esquisitices, aquilo que não se vê à primeira, que nos esqueceram de contar. Porque eles também comem, eles também namoram muito e estudam pouco, eles também têm dificuldades de expressão e articulação, também eles não conseguem chegar ao multibanco, também têm doenças, tomam comprimidos, enjoam nos carros, zangam-se com os irmãos, discutem processos de partilhas, os nossos heróis, as nossas cinderelas e brancas-de-neve e pequenas sereias e polegarzinhos e capuchinhos vermelhos têm tanta coisa por contar, tanta coisa que desconhecemos.
E por isso é preciso um espetáculo sobre isso. Chama-se: ERRA UMA VEZ…
A convite do Pavilhão do Conhecimento, e por ocasião da exposição Era uma vez… decidimos expor o outro lado das personagens. Ver a Alice e todos os outros nossos amigos do imaginário coletivo do outro lado do espelho, conhecendo-os assim na sua intimidade.
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Um espetáculo Teatro Praga
Criação | André e. Teodósio, J.M. Vieira Mendes, Pedro Penim
Interpretação | Cláudia Jardim, Diogo Bento, Diogo Lopes, Patrícia da Silva, Pedro Penim, Joana Barrios
Design de Luz | Daniel Worm d’ Assumpção
Cenografia e Adereços | Bárbara Falcão Fernandes
Produção | Elisabete Fragoso, Catarina Mendes