What’s in a name? That which we call a rose
By any other name would smell as sweet.
Shakespeare, Romeu e Julieta
A História está cheia de nomes: Antígona, António e Cleópatra, Platonov, Hedda Gabler, Gianni Schicchi e por aí fora. Mera literatura ou terão sido em tempos organismos vitais, biologia?
Nunca os conheci e no entanto ocupam o meu condomínio cerebral. É lá que vivem. Domesticam-me. Levam vidas normais e são vizinhos de muitos e tantos nomes, todos eles arquitectos da minha subjectividade, tijolos do meu mundo.
Para que o tempo que passa e que arrasta consigo o esquecimento não saia a ganhar decidi registar os incógnitos, os meus, aqueles que não se sabe se ficarão para a História, mas que passarão a ter um bilhete de identidade e a pagar quotas.
Um amigo uma vez encorajou-me: “Mesmo sabendo que o tempo levará a melhor, não podemos deixar de julgar hoje.” Portanto, pelos anos que me restam, vou dedicar-me a este trabalho: transformar os meus amigos em protagonistas de coisas que ficaram por contar. Chamo-lhe TOP MODELS.
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Texto e encenação | André e. Teodósio / Teatro Praga
Interpretação | Joana Barrios, Diogo Bento, The End of Irony e PAUS
Cenografia | Bárbara Falcão Fernandes
Música | PAUS
Mixtape | Miguel Bonneville
Desenho de luz | Daniel Worm d’Assumpção
Fotografia | Susana Pomba
Produção | Cristina Correia
Co-Produção | Centro Cultural de Belém
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Length | 1h20
M/12